Porto Alegre, 4 de julho de 2025 – O mês de junho foi positivo para os preços da suinocultura brasileira. Segundo o analista e consultor da Safras & Mercado, Allan Maia, o período foi positivo para o setor doméstico. Na primeira quinzena, a oferta do vivo se ajustou frente a demanda dos frigoríficos.
Maia explicou que, com isso, os preços avançaram durante o mês. “Vale lembrar que os preços tinham recuado na segunda metade de maio”, ressaltou. No início de junho, o consumo também melhorou e, diante disso, a reposição entre atacado e varejo apresentou boa fluidez, favorecendo preço dos cortes.
De acordo com o analista, durante a segunda quinzena os preços andaram de lado, sem espaço nem para altas e nem queda, somente pequenos movimentos pontuais. “A indústria se mostrou mais cautelosa nas negociações do vivo, contudo a oferta seguiu equilibrada”, afirmou.
Além disso, Maia destacou que a exportação brasileira de carne suína está forte, o que contribuiu para o enxugamento da disponibilidade no interior do país. “Outro ponto favorável para o setor é a queda de insumos utilizados na ração. O milho recuou no mês, com expectativas em torno da safrinha”, concluiu.
Preços
Levantamento de Safras & Mercado apontou que o mercado de suíno vivo no Brasil registrou queda nos preços em junho nas principais praças do país. A média de preços do Centro-Sul subiu 2,66%, passando de R$ 7,58 para R$ 7,78 por quilo.
A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado elevou 3,18%, passando de R$ 13,49 para R$ 13,91. A carcaça teve valorização de 4,49%, passando de R$ 12,11 para R$ 12,66.
A análise mensal de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo foi de R$ 155,00 para R$ 164,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo seguiu em R$ 6,60 e no interior do estado foi de R$ 8,00 para R$ 8,20.
Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração seguiu em R$ 6,60 e no interior catarinense recuou de R$ 7,90 para R$ 8,10. No Paraná, o preço do quilo vivo registrou alta de R$ 8,00 para R$ 8,20 no mercado livre e, na integração, continuou em R$ 6,65.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve acréscimo de R$ 7,50 para R$ 7,80 e, na integração, permaneceu em R$ 6,60. Em Goiânia, os preços subiram de R$ 7,90 para R$ 8,30. No interior de Minas Gerais, os preços tiveram valorização de R$ 8,20 para R$ 8,50 e, no mercado independente, de R$ 8,30 para R$ 8,70. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve ganho de R$ 7,50 para R$ 7,85 e, na integração do estado, seguiu em R$ 7,05.
Exportações
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 219,516 milhões em junho (14 dias úteis), com média diária de US$ 15,679 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 84,150 mil toneladas, com média diária de 6,010 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2,608.6.
Em relação a junho de 2024, houve alta de 41,6% no valor médio diário, avanço de 28,2% na quantidade média diária e alta de 10,5% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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