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Vendas da safra 2025/26 de café seguem lentas no começo da colheita

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Porto Alegre, 17 de abril de 2025 – As vendas da safra brasileira de café 2025/26, que está em começo de colheita, seguem em ritmo lento, com estimativas girando em torno de 14% da produção total, conforme levantamento da Safras & Mercado. Segundo o consultor de Safras, Gil Barabach, houve uma leve melhora no interesse entre o final de março e o início de abril, impulsionada pelo retorno das chuvas, pela chegada de café novo precoce ao mercado e, principalmente, pela queda nas cotações internacionais. No entanto, esse maior interesse de venda ainda não se traduziu em um volume expressivo de negócios.

 

“O produtor, especialmente o de arábica, permanece na defensiva. A principal diferença em relação ao mês anterior é que, agora, o comprador também recuou, adotando uma postura mais cautelosa e reduzindo o fluxo de compras. Esse comportamento mais retraído de ambos os lados explica os preços mais fracos e o ritmo lento das negociações. Com o avanço da colheita, é esperado que algumas dessas resistências sejam superadas, o que deve favorecer o andamento dos negócios, especialmente no segmento de conilon/robusta”, avalia Barabach.

 

As vendas de café arábica giram torno de 19%, enquanto as de conilon/robusta alcançam apenas 5% da produção. As vendas de arábica estão em linha com o mesmo período do ano passado, mas as de canéfora estão ligeiramente abaixo no ciclo anterior, o volume comercializado neste momento era de 9%. “Essa diferença é atribuída ao menor interesse da indústria doméstica por compra antecipada, devido aos preços elevados do conilon ao longo dos últimos meses. Tanto que o avanço da safra nova e a queda no preço fez a indústria doméstica aparecer mais no mercado”, indica.

 

Embora o desempenho das vendas esteja alinhado ao ano passado, ele segue bem abaixo da média histórica registrada entre o período de 2020 e 2024, quando o percentual médio de comercialização para o período era de 25%, sendo que as vendas de arábica representavam 29% da produção. “A queda no fluxo de vendas antecipadas nos últimos anos reflete uma mudança no comportamento do produtor, que vem se mostrando cada vez mais avesso a esse tipo de operação. Esse movimento ganhou força após a geada de 2021, quando muitos produtores que haviam fixado contratos antecipadamente acabaram entregando café a preços bem inferiores aos praticados no mercado físico na data do contrato”, avalia. Esse episódio deixou uma memória negativa entre os produtores e, somado à forte valorização dos preços ao longo do ano 2024, mantém o vendedor mais cauteloso em realizar negócio antecipado, conclui.

 

Safra 2024/25

 

De acordo com levantamento mensal de Safras & Mercado, até o dia 09 de abril, os produtores brasileiros haviam comercializado 95% da safra 2024/25. O número representa um avanço de apenas 2 pontos percentuais em relação ao mês anterior, sinalizando uma desaceleração no ritmo de vendas.

 

Segundo o consultor de Safras & Mercado, Gil Barabach, o fluxo de vendas de café disponível no Brasil segue em ritmo lento neste período de entressafra, marcado por baixa disponibilidade física. “Alguns produtores têm demonstrado maior interesse em negociar, motivados pela recente queda nos preços e pela proximidade da nova safra. No entanto, de forma geral, o vendedor ainda atua de maneira defensiva”, comenta.

 

Do lado da demanda, avalia Barabach, os compradores seguem mais comedidos, com exceção da indústria de café torrado e moído, que mantém interesse no conilon/robusta, especialmente depois da forte queda no preço. O mercado mostra um pouco mais de equilíbrio entre o interesse de compradores e vendedores, mas as negociações continuam lentas, observa.

 

Apesar da perda de fôlego no curto prazo, o volume já negociado continua elevado em comparação ao mesmo período do ano passado, quando 89% da safra havia sido comercializada. O desempenho atual também está acima da média dos últimos cinco anos (20202024), que gira em torno de 90% para o mesmo período.

 

As vendas de café arábica no Brasil avançaram para 93% da produção estimada, superando com folga os números do mesmo período do ano anterior (86%) e também a média dos últimos cinco anos, que gira em torno de 88%. “Um dos destaques desse desempenho é o papel das cooperativas, que vêm apresentando um fluxo de vendas mais ativo nesse início de abril”, aponta Barabach.

 

Já no caso do café canéfora (conilon/robusta), a comercialização está praticamente concluída, com 99% da safra já negociada. “A recente queda nos preços atuou como um gatilho para acelerar os negócios, especialmente nas primeiras semanas de abril”, observa o consultor. Esse ritmo está à frente tanto do registrado no mesmo período de 2023 (96%) quanto da média dos últimos cinco anos (94%).

 

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