Porto Alegre, 9 de maio de 2025 – O mercado brasileiro de frango registrou preços estáveis a mais fracos no vivo e cotações firmes no atacado ao longo da semana. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, houve sinalização de oferta equilibrada no país juntamente com reposição ao longo da cadeia.
Iglesias explicou que os avicultores estão otimistas com a evolução do mercado, considerando que as margens da atividade podem ser ampliadas com custo um pouco mais acomodado em breve.
“Por um lado, o milho está recuando com avanço dos volumes ofertados no país. Por outro, vale atenção o custo com pintainho, contando com preços em topos históricos”, afirmou.
No atacado, o analista destacou a boa reposição entre atacado e varejo, diante da expectativa de consumo aquecido no curto prazo devido a capitalização das famílias e dia das Mães. “A carne bovina, concorrente e substituta, está patinando na quinzena, mesmo assim menos atrativos frente aos cortes do frango. A exportação brasileira de carne de frango fecha o quadro positivo”, concluiu.
Preços internos
Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito teve alta de R$ 11,00 para R$ 11,40, o quilo da coxa teve estabilidade em R$ 8,30 e o quilo da asa subiu de R$ 12,20 para R$ 12,50. Na distribuição, o preço do quilo do peito valorizou de R$ 11,25 para R$ 11,50, o quilo da coxa permaneceu em R$ 8,50 e o quilo da asa teve acréscimo de R$ 12,40 para R$ 12,70.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou mudanças nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito teve avanço de R$ 11,10 para R$ 11,50, o quilo da coxa continuou em R$ 8,40 e o quilo da asa teve alta de R$ 12,30 para R$ 12,60. Na distribuição, o preço do peito subiu de R$ 11,35 para R$ 11,60, o quilo da coxa seguiu em R$ 8,60 e o quilo da asa valorizou de R$ 12,50 para R$ 12,80.
O levantamento semanal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo caiu de R$ 6,20 para R$ 6,00 e, em São Paulo, seguiu em R$ 6,50.
Na integração catarinense a cotação do frango continuou em R$ 4,35. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,30 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,00.
No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango teve queda de R$ 6,10 para R$ 5,90, em Goiás de R$ 6,10 para R$ 5,90 e, no Distrito Federal, de R$ 6,20 para R$ 6,00. Em Pernambuco, o quilo vivo teve estabilidade de R$ 7,50, no Ceará de R$ 7,80 e, no Pará, de R$ 8,00.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 808,623 milhões em abril (20 dias úteis), com média diária de US$ 40,431 milhões. A quantidade total exportada pelo país chega a 440,665 mil toneladas, com média diária de 22,033 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.835,0.
Em relação a abril de 2024, há recuo de 1% no valor médio diário, queda de 2,6% na quantidade média diária e valorização de 1,7% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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