Porto Alegre, 20 de junho de 2025 – O mercado brasileiro de frango registrou preços mais fracos no vivo e no atacado ao longo da semana. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela queda das cotações no curto prazo.
O que se espera para as próximas semanas, segundo Iglesias, é a retração do alojamento de pintainhos de corte, ajustando a produção em um momento desafiador. “A boa notícia é que os custos de nutrição apresentam expectativa de recuo, considerando a grande oferta de milho safrinha no Brasil, são quase 100 milhões de toneladas”, afirmou.
Além disso, o Brasil alertou a OMSA que encerrou o período de vazio sanitário e se autodeclarou como território livre de Influenza Aviária, sendo esta uma das últimas etapas para normalizar a corrente de comércio. “A expectativa é que nos próximos dias o país volte a normalizar sua corrente de comércio, dando vazão ao produto que estava estocado em câmaras frias e em contêineres frigoríficos. O escoamento do produto em estoque é a prioridade inicial durante o processo de retomada”, destacou.
O mercado atacadista, por sua vez, apresentou queda das suas cotações. De acordo com o analista, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade deste movimento no curto prazo.
Até às 8h30h desta sexta-feira (20), o painel de dados disponibilizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apontava que há treze casos suspeitos de gripe aviária em investigação no Brasil.
Eles envolvem galinhas domésticas em Alto Alegre (RR), Garrafão do Norte (PA), Parauapebas (PA), Palmeirina (PE), Novo Cruzeiro (MG), Sacramento (MG), São Joaquim de Bicas (MG), General Carneiro (MT) e Nova Aurora (GO)
Há ainda quatro casos suspeitos da doença em aves silvestres, envolvendo a espécie Biguá, Marreca-Cabocla, Pombo e Pato-Do-Mato, em Morro do Chapéu (BA), Jaboticabal (SP), Lençóis Paulista (SP) e Poá (SP).
Preços internos
Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito seguiu em R$ 10,10, o quilo da coxa desceu de R$ 7,10 para R$ 7,00 e o quilo da asa de R$ 10,50 para R$ 10,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 10,20, o quilo da coxa caiu de R$ 7,20 para R$ 7,10 e o quilo da asa de R$ 10,75 para R$ 10,20.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou mudanças nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito seguiu em R$ 10,20, o quilo da coxa desvalorizou de R$ 7,20 para R$ 7,10 e o quilo da asa de R$ 10,60 para R$ 10,10. Na distribuição, o preço do peito continuou em R$ 10,30, o quilo da coxa teve perda de R$ 7,30 para R$ 7,20 e o quilo da asa de R$ 10,85 para R$ 10,30.
O levantamento semanal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 5,50 e, em São Paulo, em R$ 5,50.
Na integração catarinense a cotação do frango continuou em R$ 4,70. Na integração do oeste do Paraná, a cotação permaneceu em R$ 4,80 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,75.
No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango continuou em R$ 5,40, em Goiás em R$ R$ 5,45 e, no Distrito Federal, em R$ 5,50. Em Pernambuco, o quilo vivo teve queda de R$ 6,50 para R$ 5,90, no Ceará de R$ 7,00 para R$ 5,00 e, no Pará, de R$ 7,20 para R$ 6,00.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 274,182 milhões em junho (10 dias úteis), com média diária de US$ 27,418 milhões. A quantidade total exportada pelo país chega a 152,448 mil toneladas, com média diária de 15,244 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.798,5.
Em relação a junho de 2024, há recuo de 24,7% no valor médio diário, baixa de 25,3% na quantidade média diária e valorização de 0,7% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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