Porto Alegre, 23 de maio de 2025 – O mercado brasileiro de frango registrou preços estáveis a mais fracos no vivo e no atacado ao longo da semana. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade deste movimento no curto prazo, em linha com uma reposição mais lenta ao longo da cadeia produtiva durante a segunda quinzena do mês.
Iglesias destacou que o mercado segue atento em relação as questões inerentes ao foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), registrado na granja comercial do munícipio de Montenegro (RS). “O processo de desinfecção foi concluído com sucesso, sem o registro de novos focos da doença. O mais provável é que a corrente de comércio seja reestabelecida junto aos principais países que importam carne de frango do Brasil”, afirmou.
“Outro ponto a ser mencionado é que a suspeita de IAAP em granja comercial, no munícipio de Ipumirim (SC), foi descartado. Ao que tudo indica, não haverá outras ocorrências em granjas comerciais na atual temporada, sugerindo uma rápida retomada das exportações brasileiras”, explicou Iglesias.
No mercado atacadista, os preços apresentaram queda ao longo da semana, em um movimento que era previsto, de acordo com Iglesias, antes mesmo da confirmação do foco de IAAP na granja comercial.
“A segunda quinzena do mês é um período em que tipicamente há menor apelo ao consumo, o que torna a reposição mais lenta entre atacado e varejo. As redes varejistas também são menos atuantes do que o habitual, aguardando por alguma consequência do foco de IAAP”, disse. “A celeridade que o Brasil apresenta na resolução do problema leva a crer em uma rápida retomada. A expectativa para 2025 ainda é de embarques recordes, com ótimo potencial após o problema ser solucionado”, concluiu o analista.
Preços internos
Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito teve queda de R$ 11,40 para R$ 10,75, o quilo da coxa de R$ 8,30 para R$ 7,75 e o quilo da asa de R$ 12,50 para R$ 12,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve recuo de R$ 11,50 para R$ 11,00, o quilo da coxa de R$ 8,50 para R$ 8,00 e o quilo da asa de R$ 12,70 para R$ 12,25.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou mudanças nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito caiu de R$ 11,50 para R$ 10,85, o quilo da coxa de R$ 8,40 para R$ 7,85 e o quilo da asa de R$ 12,60 para R$ 12,10. Na distribuição, o preço do peito desvalorizou de R$ 11,60 para R$ 11,10, o quilo da coxa de R$ 8,60 para R$ 8,10 e o quilo da asa de R$ 12,80 para R$ 12,35.
O levantamento semanal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 5,90 e, em São Paulo, caiu de R$ 6,50 para R$ 6,10.
Na integração catarinense a cotação do frango continuou em R$ 4,35. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,30 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,00.
No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango permaneceu em R$ 5,80, em Goiás em R$ 5,80 e, no Distrito Federal, em R$ 5,90. Em Pernambuco, o quilo vivo teve estabilidade de R$ 7,50, no Ceará de R$ 7,80 e, no Pará, de R$ 8,00.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 403,598 milhões em maio (11 dias úteis), com média diária de US$ 36,690 milhões. A quantidade total exportada pelo país chega a 222,858 mil toneladas, com média diária de 20,259 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.811,0.
Em relação a maio de 2024, há avanço de 2,5% no valor médio diário, alta de 0,2% na quantidade média diária e valorização de 2,2% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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