Preços do milho pouco alterados no Brasil com atenções para USDA

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     Porto Alegre, 10 de junho de 2022 – O mercado brasileiro de milho teve uma semana de poucos negócios. Não houve grandes mudanças nas cotações. O mercado esteve em compasso de espera para o relatório de oferta e demanda de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado no começo da tarde desta sexta-feira, dia 10.

     O analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, destacou o ritmo moroso na comercialização na semana. Ele indica que os consumidores têm atuado de maneira tímida no disponível, da mesma maneira que os produtores também reduziram a fixação aguardando o relatório de Oferta e Demanda desta sexta-feira.

     “Com uma safrinha transcorrendo em sua normalidade a tendência é que o mercado caminhe em direção à paridade de exportação”, diz. Os compradores naturalmente postergam suas negociações aguardando a entrada da safrinha, quando os preços tendem a ser pressionados com a melhora na oferta.

     No relatório do USDA, analistas consultados pelas agências internacionais apostam em uma produção de 14,442 bilhões de bushels de milho em 2022/23, ficando dos 14,460 bilhões de bushels indicados em maio e aquém da safra 2021/22, que está estimada em 15,115 bilhões de bushels.

     Os estoques finais de passagem da safra 2022/23 norte-americanos devem ser indicados em 1,337 bilhão de bushels, abaixo dos 1,360 bilhão de bushels indicados no mês passado. Para a safra 2021/22, os estoques finais de passagem devem ser reduzidos de 1,440 bilhão de bushels para 1,438 bilhão de bushels.

     Para a safra global 2022/23, os estoques finais de passagem devem ser indicados em 305 milhões de toneladas, aquém das 305,1 milhões de toneladas previstas em maio. A previsão é de que os estoques finais de passagem da safra mundial 2021/22 sejam apontados em 308,9 milhões de toneladas, abaixo das 309,4 milhões de toneladas indicadas no mês passado.

     A safra de milho do Brasil 2021/22 deverá ser indicada em 114,6 milhões de toneladas, aquém das 116 milhões de toneladas apontadas em maio. Já a safra da Argentina 2021/22 deve ser apontada em 52,2 milhões de toneladas abaixo das 53 milhões de toneladas previstas no mês passado.

     No balanço dos últimos sete dias, entre as quintas-feiras 02 e 09 de junho, o milho em Campinas/CIF na venda avançou de R$ 90,00 para R$ 91,00 a saca. Na região Mogiana paulista, o cereal na venda subiu de R$ 88,00 a saca para R$ 89,00 a saca.

     Em Cascavel, no Paraná, no comparativo semanal, o preço recuou de R$ 90,00 para R$ 89,00 a saca. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação baixou de R$ 80,00 para R$ 78,00. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o valor caiu de R$ 95,00 a saca para R$ 93,00.

      Em Uberlândia, Minas Gerais, a cotação se manteve em R$ 81,00 a saca. Em Rio Verde, Goiás, o mercado seguiu em R$ 80,00.

     Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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