Mercado de milho abre a semana com negócios lentos no Brasil

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milho

     Porto Alegre, 13 de junho de 2022 – O mercado brasileiro de milho abre a semana com negócios lentos no Brasil. Os compradores seguem no aguardo da safrinha e de uma queda nos preços para retomar as aquisições em maior ritmo. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago registra ganhos.

     O mercado brasileiro de milho teve uma sexta-feira de preços estáveis e de lentidão nos negócios. O mercado esteve atento ao relatório de oferta e demanda de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Não houve grandes novidades em relação ao relatório de maio, entretanto.

     Como indica o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o cenário de estoques encurtados remete há uma grande necessidade de uma safra norte-americana de boa proporção. “Portanto, o clima entre os meses de junho e agosto será fundamental para a formação de tendência, e situações atípicas serão precificadas com grande intensidade”, comenta.

     “No mercado interno, a safrinha brasileira será de boa proporção, o que tem feito com que o mercado caminhe em direção à paridade de exportação. Ou seja, a movimentação da Bolsa de Chicago e as flutuações cambiais permanecem imprescindíveis para a formação dos preços domésticos”, avalia Iglesias.

     No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 94,00 (compra) a R$ 97,00 (venda) a saca (CIF) para junho. Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 94,00/97,00 a saca para junho.

     No Paraná, a cotação ficou em R$ 84,00/89,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 86,00/89,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 88,00/91,00 a saca.

     No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 91,00/93,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 79,00/81,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 75,00/R$ 80,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 72,00/78,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em julho de 2022 operam com ganho de 5,00 centavos em relação ao fechamento anterior, ou 0,64%, cotada a US$ 7,78 1/4 por bushel.

* Os contratos do milho operam com preços predominantemente mais altos nas negociações da sessão eletrônica a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT).

* Na sexta-feira, o mercado repercutiu o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Traders consultados por agências internacionais não consideraram o documento surpreendente. Na semana,  a posição julho subiu 6,36%.

     Ainda que o USDA tenha indicado números acima da expectativa do mercado, a discrepância é baixa. Além disso, o indicativo de maiores estoques globais, que seria baixista, leva em conta a retenção do grão na Rússia e na Ucrânia, devido à guerra, o que indica aperto da oferta.

* Na sessão, os contratos de milho com entrega em julho fecharam a US$ 7,73 1/4 por bushel, ganho de 0,25 centavo de dólar, ou 0,03%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra alta de 1,24% a R$ 5,048. O Dollar Index registra

alta de 0,65% a 104,83 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram em baixa. Xangai, -0,89%; Tóquio, -3,01%.

* As principais bolsas na Europa registram índices fracos. Londres, -1,53;

Paris, -1,96% e Frankfurt, -2,21%.

* O petróleo opera em baixa. Julho do WTI em NY: US$ 118,86 o barril (-1,51%).

AGENDA

– Inspeções de exportação semanal dos EUA – USDA, 12hs.

– O Ministério da Economia divulga a balança comercial fechada de maio, a

partir das 15h.

– Dados de comercialização de soja, milho e algodão do MT – IMEA, 16hs.

– Relatório de condições das lavouras dos EUA – USDA, 17hs.

—-Terça-feira (14/06)

– Japão: A produção industrial de abril será publicada à 1h30 pelo

ministério da Economia.

– Reino Unido: A taxa de desemprego de maio será publicada às 3h pelo

departamento de estatísticas.

– Alemanha: O índice de preços ao consumidor de maio será publicado às 3h

pelo Destatis.

– Dados sobre as lavouras do Paraná – Deral, na parte da manhã.

– EUA: O índice de preços ao produtor de maio será publicado às 9h30 pelo

Departamento do Trabalho.

—–Quarta-feira (15/06)

– China: A produção industrial de maio será publicada na noite anterior pelo

departamento de estatísticas.

– Eurozona: A produção industrial de abril será publicada às 6h pelo

Eurostat.

– Eurozona: A balança comercial de abril será publicada às 6h pelo Eurostat.

– A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulga, às 8h, o IGP-10 referente a junho.

– O Banco Central divulga, às 9h30, o Indice de atividade econômica (IBC-Br)

referente a abril.

– A posição dos estoques de petróleo dos EUA até sexta-feira da semana

anterior será publicada às 11h30 pelo Departamento de Energia (DoE).

– Esmagamento de soja dos EUA em maio – NOPA, 13hs.

– EUA: A decisão de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto

(Fomc, na sigla em inglês) junto com suas projeções econômicas serão

divulgadas às 15h.

– Estoques de café dos EUA em maio – GCA, 16hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

– Definição da taxa Selic, o juro básico da economia brasileira – Copom/BC,

após às 18h.

—–Quinta-feira (16/06)

– Feriado no Brasil – Corpus Christi.

– Reino Unido: A decisão de política monetária será publicada às 8h pelo

Banco da Inglaterra.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos

Aires, 15hs.

—–Sexta-feira (17/06)

– Japão: A decisão de política monetária será publicada à meia-noite pelo

Banco do Japão (BoJ).

– Eurozona: A leitura do índice de preços ao consumidor de maio será

publicada às 6h pela Eurostat.

– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da

Agricultura, na parte da manhã.

– EUA: Os dados sobre a produção industrial em maio serão publicados às10h15

 pelo Federal Reserve.

– Dados de desenvolvimento das lavouras no Mato Grosso – Imea, na parte da

tarde.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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