Oferta excedente pesa e pressiona cotações do suíno no Brasil

424
Suinocultura

     Porto Alegre, 27 de maio de 2022 – O mercado brasileiro de suínos voltou a apresentar um ambiente de negócios fragilizado, com quedas generalizadas de preços no decorrer da semana, resultado do crescimento do excedente de oferta.

     Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, os frigoríficos atuaram de maneira retraída nas compras, avaliando que o escoamento da carne está patinando e que os estoques estão elevados, quadro que derruba o poder de barganha dos suinocultores, aumentando o tom de apreensão. “Os prejuízos são crescentes o que deve resultar em quebras e desistências de produtores da atividade ao longo dos próximos meses”, alerta.

     Por outro lado, o ritmo da exportação brasileira apresentou uma boa melhora na última semana. “Contudo, os volumes embarcados seguem incapazes de enxugar o excedente de oferta presente no país”, sinaliza.

     As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 142,825 milhões em maio (15 dias úteis), com média diária de US$ 9,521 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 59,858 mil toneladas, com média diária de 3,990 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.386,10.

     Em relação a maio de 2021, houve baixa de 16% no valor médio diário da exportação, perda de 8,3% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 8,4% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou a média de preços do quilo vivo no país recuou 3,81% na semana, passando de R$ 5,21 para R$ 5,10. A média preços pagos pelos cortes de pernil no atacado caiu 0,63%, de R$ 9,00 para R$ 8,94. A carcaça teve baixa de 5,04%, passando de R$ 8,44 para R$ 8,01.

     A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo passou de R$ 110,00 para R$ 103,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,10. No interior do estado a cotação mudou de R$ 5,05 para R$ 4,80.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração permaneceu em R$ 5,10. No interior catarinense, a cotação baixou de R$ 4,95 para R$ 4,70. No Paraná o quilo vivo passou de R$ 5,05 para R$ 4,75 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 5,30.

     No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande recuou de R$ 4,90 para R$ 4,70, enquanto na integração o preço continuou em R$ 5,00. Em Goiânia, o preço baixou de R$ 5,60 para R$ 5,30. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno passou de R$ 5,80 para R$ 5,50. No mercado independente mineiro, o preço caiu de R$ 5,90 para R$ 5,70. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis retrocedeu de R$ 4,95 para R$ 4,70. Já na integração do estado o quilo vivo seguiu em R$ 5,00.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2022 – Grupo CMA