Gramado, 2 de junho de 2025 – A gripe aviária é uma enfermidade que desestabiliza a agricultura, a segurança alimentar, o comércio e os ecossistemas, de acordo com uma avaliação da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Essa visão foi trazida pela Coordenadora de Sanidade Avícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, Daniela de Queiroz Baptista, durante palestra realizada na tarde de ontem (1), em Gramado (RS) , no painel “Saúde em Foco: Lições e Estratégias para a Avicultura”, que abriu a programação da Conbrasul Ovos 2025.
Daniela, que trouxe atualizações sobre o grau de expansão da Influenza Aviária nas Américas, com foco em lições e perspectivas futuras na visão do Sistema Veterinário Oficial e do Mapa, enfatizou que as ações empreendidas para controlar o primeiro foco da doença em aves comerciais no Rio Grande do Sul foram feitas rapidamente, o que contribuiu para descontaminar a granja atingida e as regiões ao redor do foco.
A Coordenadora disse que o trabalho conjunto feito pelo setor público e privado tem sido essencial para mitigar os efeitos da doença. “Desde 2023, quando o Brasil registrou os primeiros casos de gripe aviária em aves silvestres temos observado que o vírus, tem entrado cada vez mais no continente. Há dois anos e no ano passado, os focos eram mais presentes em áreas costeiras. Mas neste ano já observamos que há focos mais no continente, o que mostra o poder de avanço do vírus”, comenta.
Daniela enfatizou que não existe uma certeza “absoluta” sobre o vírus de influenza aviária, pois este está em constante mutação, o que exige a necessidade cada vez maior de um aprimoramento da vigilância passiva da doença para que haja uma detecção precoce.
Segunda Daniela, o Brasil tem trabalhado firmemente para manter os mercados mesmo com o caso de gripe aviária, embora seja preciso fazer uma renegociação dos certificados sanitários junto aos países, além da busca pelo reconhecimento dos compartimentos e da regionalização.
Na sequência do painel, o médico veterinário e Responsável Técnico da American Nutrients do Brasil, Abrahão Carvalho Martins, trouxe exemplos de como é possível ser efetivo no controle de patógenos visando manter a biosseguridade das granjas do segmento de postura.
Fechando o painel de Saúde em Foco, a gerente Executiva de Qualidade da Mantiqueira Brasil, Cristiane Cantelli, destacou as práticas que vêm sendo implementadas pela empresa com o intuito de prevenir e controlar casos de Laringotraqueite nas granjas.
Arno Baasch – arno@safras.com.br (Safras News)
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