Porto Alegre, 10 de maio de 2022 – O dólar comercial fechou em queda de 0,42%, cotado a R$ 5,1340. A moeda, que oscilou durante grande parte da sessão, refletiu o cenário externo desta terça, com maior apetite ao risco.
Segundo o economista-chefe do Banco Alfa, Luis Otavio Leal, “aquele céu de brigadeiro que vimos até março se inverteu. Não é um problema apenas brasileiro, esta piora é muito ligada à queda das commodities que não devem ter um novo boom”.
Leal vê esta oscilação como um problema mundial, com a continuidade da guerra na Ucrânia, além da desaceleração chinesa e um recrudescimento da política do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), mas que em breve as eleições domésticas devem começar a exercer mais influência tanto na bolsa quanto no câmbio.
Para o sócio fundador da Pronto! Invest, Vanei Nagem, “hoje estamos com menor aversão ao risco, embora a situação continue igual ou até pior, com a intensificação dos lockdowns na China”.
Nagem entende que o movimento do câmbio desta terça também reflete a realização de todos estes dias que o real está caindo, mas adverte: “Caso ocorra uma greve dos caminhoneiros, a situação pode piorar muito”.
De acordo com o boletim da Ajax Capital, “lá fora, ativos de risco ensaiam alta, após as fortes quedas dos últimos pregões. Por aqui, mercado deve acompanhar o humor externo, com bolsa em alta e queda do dólar”.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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