Em março, mercado de algodão andou descolado dos referenciais internacionais e comercialização foi moderada

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     Porto Alegre, 28 de março de 2024 – No mês de março, o mercado brasileiro de algodão andou descolado dos referenciais internacionais. O comprador ficou mais cauteloso, algumas tradings com interesse pontual para safra/25. A indústria local trabalhou da mão para boca, com tímido interesse para entrega em 30 dias. De um modo geral, o volume comercializado foi moderado, informou a Safras Consultoria.

     Os preços do algodão domésticos ficaram mais fracos no mês. O valor pago pela pluma no CIF de São Paulo na quarta-feira (27) girou em torno de R$ 4,30 por libra-peso, uma queda de 2,13% em relação a quarta da semana passada (20), quando era negociada a R$ 4,32 por libra-peso. Na comparação com igual momento de um mês atrás, quando trocava de mãos a R$ 4,32 por libra-peso, caiu 4,40%.

     No flat price no FOB porto de Santos, a fibra encerrou a US$ 80,24 centavos/libra-peso. Há uma semana e há um mês estava cotado a US$ 81,94 centavos/libra-peso. Diante destes valores, o algodão brasileiro segue competitivo na Bolsa de Nova York e o prêmio pago pelo algodão foi de -10,53 centavos/libra-peso contra o contrato Maio/24 na ICE US. Há uma semana era -10,37% e no mês de fevereiro era -16,92 centavos/libra-peso.

Paridade de exportação em MT – Imea

     Em Mato Grosso, as paridades de exportação de julho/24 e dezembro/24 fecharam a semana precificadas na média de R$ 151,79/arroba e R$ 137,66/arroba, respectivamente. Desse modo, a paridade de exportação de julho/24 registrou retração de 1,08% em relação à semana passada, reflexo da diminuição de 1,38% no preço da pluma na bolsa de Nova York (contrato julho/24).

     Por outro lado, a paridade de exportação dezembro/24 aumentou 0,73% no mesmo comparativo, pautado, principalmente, pela valorização semanal de 2,55% do dólar futuro (dezembro/24).

     Por fim, a curto prazo, não há fatores que indiquem uma tendência específica para os preços da pluma, no entanto, a especulação do mercado quanto ao corte do FED na taxa de juros norte-americana é um fator que pode movimentar o preço da fibra na bolsa de Nova York e refletir nas paridades de exportação. As informações partem do Imea.

     Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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