Com dificuldade de recuperação da carne suína no atacado, frigoríficos adotam cautela

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Porto Alegre, 6 de setembro de 2024 – Os preços do suíno vivo e dos principais cortes no atacado se mantiveram estáveis a ligeiramente mais fracos ao longo da semana. Segundo o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, o ambiente de negócios com o animal vivo seguiu dentro da normalidade, sem grandes novidades.

“Os frigoríficos adotaram uma postura cautelosa, já que a carne no atacado tem enfrentado dificuldade em registrar recuperações”, relatou.

De acordo com o analista, as expectativas para o consumo e a reposição entre atacado e varejo permanecem positivas, impulsionadas pela maior capitalização da população. No entanto, após as recentes altas significativas nos cortes, o espaço para novos aumentos se torna mais limitado, devido à dificuldade de repasse dos preços.

“A oferta de animais deve permanecer equilibrada nas próximas semanas, conforme indicam os suinocultores, o que pode contribuir para a formação dos preços”, explicou. Ele também afirmou que um ponto de atenção continua sendo o custo de produção, já que a alta do dólar pode encarecer os insumos, pressionando as margens da atividade.

Preços

Levantamento de Safras & Mercado apontou que o mercado de suíno vivo teve variações discretas em diferentes regiões do país. No estado de São Paulo, o preço CIF do suíno para frigoríficos caiu 0,60%, de R$ 168,00 para R$ 167,00 por arroba, uma redução de R$ 1,00.

Em Goiás, o preço também registrou queda, com o valor em Goiânia passando de R$ 8,70 para R$ 8,60 por quilo, uma redução de 1,15% ou R$ 0,10. Em Minas Gerais, o mercado independente teve uma queda mais expressiva, de 2,17%, com o preço caindo de R$ 9,20 para R$ 9,00 por quilo.

A análise semanal de preços de Safras & Mercado também apontou que em Mato Grosso, o preço em Rondonópolis subiu 0,64%, passando de R$ 7,85 para R$ 7,90 por quilo, um aumento de R$ 0,05. Na média geral das regiões Centro-Sul, o preço do suíno vivo caiu 0,31%, passando de R$ 7,57 para R$ 7,55 por quilo, uma redução de R$ 0,02.

Exportações

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 260,806 milhões em agosto (22 dias úteis), com média diária de US$ 11,854 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 106,031 mil toneladas, com média diária de 4,819 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.459,7.

Em relação a agosto de 2023, houve alta de 9,7% no valor médio diário, avanço de 6,1% na quantidade média diária e alta de 3,4% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Safras News

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