Porto Alegre, 27 de maio de 2022 – Depois de um início tímido, os trabalhos de colheita da safra brasileira de café 2022 começam a ganhar força. Apesar do bom andamento nas últimas semanas, a colheita segue atrasada no conilon, devido a uma maturação mais lenta, por conta do excesso de umidade nos estágios finais do desenvolvimento das lavouras.
“A falta de mão de obra também serve de justificativa para um início mais lento. E, por fim, há a própria postura do produtor, mais capitalizado e menos afoito para entrar nas lavouras, preferindo esperar um estágio mais adequado de maturação dos frutos”, explica o analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach.
O acompanhamento da SAFRAS indica que até o dia último dia 24 de maio o Brasil colheu 13% da safra de café 22/23. Assim, já foram retirados dos pés algo como 8,05 milhões de sacas, de uma safra estimada preliminarmente em 61,10 milhões de sacas. Os trabalhos estão abaixo de igual época do ano passado, quando o produtor havia colhido 17% da safra e abaixo da média dos últimos 5 anos para o período, que também gira em torno de 17% da produção.
A colheita de arábica alcança 8% da safra, contra 10% em igual época do ano passado e 12% da média histórica para o período. Já os trabalhos com conilon estão um pouco atrasados, especialmente no Espírito Santo. E por isso, a colheita da descrição alcança apenas 22% da safra, contra 26% no ano passado e 29% de média dos últimos anos.
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS Copyright 2022 – Grupo CMA