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Bolsa fecha em alta e renova recorde histórico; dólar sobe com ruídos fiscais

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São Paulo -A Bolsa fechou em alta e bateu novo recorde histórico, no patamar dos 139 mil pontos, com a ajuda de alguns setores como financeiro, materiais básicos-destaque para a Vale-e as varejistas. Além da repercussão de resultados do primeiro trimestre de 2025 em um dia de queda do petróleo.

Durante o pregão, a bolsa oscilou entre perdas e ganhos e, só no meio da tarde que ganhou fôlego e passou a subir firme.

A Petrobras (PETR3) subiu 0,32% e Petrobras (PETR4) caiu 0,12%. Petrorio (PRIO3) perdeu 0,51% com a queda do petróleo. A Vale (VALE3) avançou 1%. Bradesco (BBDC3 e BBDC4) registrou ganho de 0,67% e 0,98%; Itaú (ITUB4) aumentou 1,34%.

Fabio Louzada, economista, planejador financeiro e fundador da Eu me banco, disse que as empresas do setor de consumo e varejo como Lojas Renner (LREN3), Magazine Luiza (MGLU3) e Pão de Açúcar (PCAR3) sobem 3,50%,3,74% e 2,12%, respectivamente “com a perspectiva de os juros já terem alcançado o topo de alta e uma expectativa de queda ainda neste ano”. Small Caps avançou 1,26%.

O principal índice da B3 subiu 0,65%, aos 139.334,38 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em junho registrou alta de 0,76%, aos 141.115 pontos. O giro financeiro foi de R$ 24,9 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam mistos.

Felipe SantAnna, especialista em mercado financeiro, disse que “hoje temos bastante confusão e dúvidas no mercado. O dia é de volume baixo. Alguns papéis estão subindo por conta da temporada de resultados e outros realizando. Os setores financeiro, materiais básicos e imobiliário subindo. Petro estava subindo mesmo com petróleo caindo mais de 2%, dólar caindo no mundo e subindo aqui. Os investidores estão gostando da postura da Magda de “apertar o cinto”, embora isso tenha causado uma greve planejada para esse mês na empresa. Essa questão do vale gás, isenção de energia elétrica para consumidores pobres e a possível entrada do Boulos como ministro causam arrepios no mercado. Temos um movimento de entrada de fluxo na Vale, além disso o minério subiu e a ADR de Vale tá subindo agora em NY”.

Mais cedo, Rubens Cittadin, operador de renda variável da Manchester Investimentos, disse que os balanços corporativos, dados de inflação lá fora mexem com o mercado em meio a queda do petróleo.

“Os resultados do 1T25 têm sido positivos. Existe um delay ao nível de juros, temos juros restritivos, mas não refletiu nos balanços; pode ser que no segundo trimestre tenhamos balanços mais fracos refletindo aperto monetário. Grande parte das empresas de peso no índice já divulgou os números, mas o mercado ainda fica apreensivo. O destaque fica para o setor financeiro. O Banco do Brasil cai antes do resultado [será divulgado hoje após fechamento], um pouco contaminado por BBSeguridade, que não veio [com balanço] tão forte. Não vejo gatilho no curtíssimo prazo para destravar mais valor. A tendência que em pregões mais amenos, busca-se os 142 mil pontos/145 mil pontos. Estamos acima dos 138 mil pontos. As Smalls Caps estão subindo bem refletindo DIs fechando e com a indicação que não terá mais alta na Selic. Lojas Renner, por exemplo, já subiu 48% contando com o pregão de hoje. As petroleiras não sentem tanto a queda do petróleo lá fora. Os dados de inflação PPI hoje e CPI na semana abre espaço para corte de juros pelo Fed e ajuda aqui”.

Cittadin comentou que o mercado já está de olho nas eleições de 2026, com a possibilidade da volta da direita.

Nos Estados Unidos, as vendas no varejo subiram em abril em 0,1% dentro do esperado (+0,1%); o índice de inflação ao produtor (PPI, sigla em inglês) em abril caiu 0,5% e mercado estimava +0,3%. Os pedidos de seguro-desemprego semanal não sofreram alteração da semana anterior de 229 mil solicitações, em dado revisado, mas o mercado projetava 226 mil. A produção industrial em abril ficou inalterada, de queda de 0,3% em dado revisado.

Em falas do presidente do Fed, Jerome Powell, disse que não deve retornar em breve a era de juros próximos de zero.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 0,83%, cotado a R$ 5,6796. A moeda refletiu o ruído de que o governo aumentaria os programas sociais, visando as eleições de 2026, o que acendeu o alerta sobre um hipotético descontrole fiscal.

Segundo o analista da Potenza Capital Bruno Komura, este cenário é negativo e “o mercado não acredita mais no governo, mesmo com o Haddad tentando apagar o incêndio”.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu entrevista, nesta tarde, para afastar as hipóteses de descalabro fiscal e reafirmar que o presidente Lula está comprometido com o controle dos gastos.

Haddad negou prontamente que o Bolsa Família irá aumentar de R$ 600 para R$ 700.

Na contramão do dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda. Elas chegaram a subir, puxadas pelo boato de que o governo Lula irá aumentar o benefício do Bolsa Família de R$ 600 para R$ 700. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prontamente negou que exista esta possibilidade .

Por volta das 16h53 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,795% de 14,820% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,150%, de 14,155%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,710%, de 13,715%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,690% de 13,710% na mesma comparação. O dólar subia 0,88%, cotado a R$ 5,6826 para venda.

No mercado externo, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em campo misto, com o S&P ampliando o rali desta semana após Estados Unidos e China concordarem em reduzir temporariamente as tarifas. Os juros dos Treasuries também caíram, dando suporte às ações.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: +0,65%, 42.322,75 pontos
Nasdaq 100: -0,18%, 19.112,32 pontos
S&P 500: +0,41%, 5.916,93 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo / Safras News

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