Porto Alegre, 4 de julho de 2025 – O mercado físico do boi gordo teve um mês de junho marcado por recuperação nos preços da arroba na maioria das regiões de produção e comercialização do País. Segundo o analista da Consultoria SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o movimento foi mais contundente na primeira quinzena do mês, quando as escalas de abate dos frigoríficos estavam mais apertadas. “Já na segunda metade do mês o movimento perdeu intensidade e os frigoríficos passaram a exercer pressão sobre os pecuaristas”, assinalou Iglesias.
A expectativa é de boa disponibilidade de animais terminados em regime intensivo no decorrer de julho, com boa incidência de animais de parceria (contratos a termo), além da utilização de confinamentos próprios. “Por outro lado, as exportações pujantes de carne bovina são a grande variável sob o prisma da demanda, reduzindo a intensidade do movimento de queda nos preços da arroba do boi”, completou o analista.
Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 3 de julho:
* São Paulo (Capital) – R$ 310,00 a arroba, mesmo valor de 29 de maio.
* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 300,00 a arroba, contra R$ 285,00 em 29 de maio, subindo 5,3%.
* Goiânia (Goiás) – R$ 295,00 a arroba, ante R$ 290,00 (+1,7%).
* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 310,00 a arroba, contra R$ 305,00, alta de 1,7%.
* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 315,00 a arroba, contra R$ 300,00 (+5%).
Exportação
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 917,053 milhões em junho, com média diária de US$ 65,504 milhões, conforme os dados preliminares do governo apurados até o dia 22 de junho. No período, a quantidade total exportada pelo país chegou a 168,838 mil toneladas, com média diária de 12,060 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.431,60.
Em relação a junho de 2024, houve alta de 52,4% no valor médio diário da exportação, ganho de 25,3% na quantidade média diária exportada e avanço de 21,6% no preço médio.
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Safras News
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