Porto Alegre, 2 de junho de 2025 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira em baixa. A ampla oferta de produto do Brasil no mercado mundial, as incertezas quanto ao futuro da política para o biodiesel nos Estados Unidos e as renovadas tensões comerciais entre China e Estados Unidos mantiveram o mercado sob pressão.
Para completar, o ritmo do plantio segue acelerado nos Estados Unidos, com bom desenvolvimento das lavouras. Às 17h, o Departamento de Agricultura americano, o USDA, vai atualizar os dados de evolução das lavouras locais. Um pouco antes, sai os dados de esmagamento em maio.
A China reagiu às acusações do presidente Donald Trump de que teria quebrado uma trégua comercial firmada semanas antes, em meio à reescalada das tensões que diminuem as esperanças de um acordo. Pequim afirmou estar agindo de forma responsável e cumprindo o consenso alcançado nas negociações econômicas e comerciais realizadas em Genebra, conforme comunicado divulgado pelo Ministério do Comércio chinês em seu site nesta segunda-feira.
Washington e Pequim haviam concordado, em meados de maio, em reduzir temporariamente as tarifas retaliatórias após conversas em Genebra, o que trouxe alívio aos mercados globais, afetados por temores de guerra comercial desde o início do governo Trump, que aumentou tarifas sobre produtos da China e de outros países.
No entanto, eventos recentes abalaram o otimismo quanto a um acordo duradouro, com tensões reacendidas por temas como as exportações chinesas de minerais de terras raras e as restrições dos EUA a vistos para estudantes chineses. O Ministério do Comércio da China acusou os EUA de “minar seriamente” o acordo de Genebra, ao impor diversas medidas “discriminatórias e restritivas”, como diretrizes de controle de exportações para chips de inteligência artificial e a revogação de vistos estudantis.
A declaração chinesa veio após Trump afirmar em uma rede social, na sexta-feira, que a China “violou totalmente seu acordo com os EUA”. Posteriormente, ele reforçou a acusação a repórteres no Salão Oval, dizendo ter certeza de que conversaria com o líder chinês Xi Jinping sobre o assunto.
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 8,25 centavos de dólar ou 0,79% a US$ 10,33 1/2 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,27 1/4 por bushel, perda de 9,50 centavos ou 0,91%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 2,40 ou 0,80% a US$ 293,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 46,28 centavos de dólar, com baixa de 0,61 centavo ou 1,3%.
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Dylan Della Pasqua / Safras News
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