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Bolsa fecha em leve queda, perde os 137 mil pts, com fiscal; dólar recua com movimento global

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São Paulo – A Bolsa fechou em queda e perdeu os 137 mil pontos, em uma sessão volátil, com o mercado na expectativa para uma solução em relação ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e em meio à alta das ações ligadas às commodities sustentada pela valorização do petróleo. O Indice oscilou entre a máxima de 138.471,10 pontos e a mínima de 136.482,87 pontos.

As ações da Gerdau (GGBR4) e Gerdau Metalúrgica (GOAU4) se destacaram com alta de 5,04% e 5,14% com o anúncio de Trump sobre elevação das tarifas de aço e alumínio. Petrobras (PETR3 e PETR3 e PETR4) avançou 0,30% e 0,58%. Vale (VALE3) registrou alta de 0,88%. Magazine Luiza (MGLU3) e Lojas Renner (LREN3) subiram 3,47% e 1,04%.

O principal índice da B3 caiu 0,17%, aos 136.786,65 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em junho perdeu 0,33%, aos 137.500 pontos. O giro financeiro foi de R$ 20,8 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam em alta.

Armstrong Hashimoto, sócio e operador de renda variável Venice Investimentos, disse que a bolsa “devolveu os ganhos desde a abertura [dos negócios], no melhor momento chegou a 138.471 pontos. A sinalização do Haddad de que o governo vai apresentar uma proposta para o Congresso até amanhã, e que poderia ser incluída algumas reformas estruturais, com revisão de supersalários dos servidores animou o mercado, mas o rebaixamento da Moodys -de positiva para estável-ainda pesa. Lá fora os conflitos geopolíticos pesa no petróleo. E como pano de fundo, temos o payroll. O mercado deve ficar na expectativa até sexta-feira”.

Bruno Komura, analista da Potenza Capital, disse as questões internas sobre o IOF e o exterior preocupam o mercado.

“O fiscal está voltando com força, tem discurso bom, mas é necessária alguma alternativa ao que foi apresentado [sobre o IOF]. O IOF vai encarecer o crédito, é como a Selic subisse. O mercado está nesse modo de espera. Outro ponto é que a popularidade do Lula está em baixa, e mais medidas para melhorar isso devem ser apresentadas. Em relação à redução no preço da gasolina, é visto como positiva porque tira o peso da inflação. A medida mostra que não houve ingerência política, está seguindo a paridade internacional. No exterior, a guerra comercial está dominando isso gera tensão no mercado”.

A Petrobras anunciou que vai reduzir seus preços de venda de gasolina A para as distribuidoras em 5,6%. Com isso, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará a ser, em média, de R$ 2,85 por litro, uma redução de R$ 0,17 por litro. A medida passa a valer a partir de amanhã (3).

João Carlos Oliveira, head de mesa de operações do Banco MoneyCorp, disse que o mercado está “em compasso de espera para as definições sobre as questões envolvendo o IOF. Acredito que o Haddad [Fernando Haddad, ministro da Fazenda] vai fazer alterações, como a parte de crédito, e talvez volte atrás em alguns pontos. O mercado não gosta de insegurança jurídica”.

Mais cedo, o Haddad disse que a resolução para o IOF pode ser combinada com reformas estruturais. O ministro acrescentou que vai fazer o que for necessário, mas prefere “as soluções estruturais”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 0,81%, cotado a R$ 5,6734 com recuo da divisa no mundo e refletindo ajuste técnico. A moeda estrangeira oscilou entre a máxima de R$ 5,7096 e mínima de R$ 5,6666.

O Dollar Index, que mede o comportamento da moeda americana frente a uma cesta de unidades, recuou 0,56%, a 98,77 pontos.

Na opinião do sócio da Top Gain, Leonardo Santana, esta segunda é marcada exclusivamente pela queda global do dólar: “Não fosse a questão do IOF, a desvalorização de hoje seria de mais de 1%”, avalia.

Para o economista-chefe do Banco Bmg, Flávio Serrano, hoje existe uma correção técnica, “tirando o excesso de prêmio que foi incorporado na última semana”.

De acordo com a Ajax Asset, “lá fora, as incertezas com o andamento das negociações sobre comércio entre China e Estados Unidos e a promessa de Trump de elevar as tarifas sobre o aço importado para 50% impactam negativamente nos ativos americanos e no dólar. Por aqui, rebaixamento da perspectiva de rating soberano do Brasil pode ter um efeito limitado nos preços dos ativos domésticos”.

Diferentemente do dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam majoritariamente em alta. A primeira sessão da semana foi marcada pela redução da gasolina e o temor gerado pela guerra tarifária.

Por volta das 16h26 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,785% de 14,805% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,165%, de 14,150%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,690%, de 13,645%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,680% de 13,625% na mesma comparação.

Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão desta segunda-feira em alta, em um movimento que contrasta com a escalada nas tensões comerciais entre Washington, Pequim e Bruxelas.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: +0,08%, 42.305,48 pontos
Nasdaq 100: +0,67%, 19.242,61 pontos
S&P 500: +0,41%, 5.935,94 pontos

 

Paulo Holland e Larissa Bernardes / Agência Safras News

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