Alta em NY pode movimentar preços domésticos de café

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Porto Alegre, 5 de julho de 2024 – O mercado físico brasileiro de café deve encerrar a semana com negócios mais movimentados. A Bolsa de Nova York (ICE Futures US) sobe mais de 3% neste momento, fator positivo para os preços domésticos. Já o dólar cai frente ao real. Diante disso, os produtores tendem a aproveitar os bons preços em NY para realizar maiores negociações.

Na quinta-feira (4), o mercado brasileiro de café registrou preços firmes, estáveis no arábica e mais altos no conilon. A ausência da Bolsa de Nova York, que não operou devido ao feriado da Independência americana, reduziu as negociações de modo geral. A alta do robusta na Bolsa de Londres sustentou o conilon e trouxe expectativa de que a bolsa de NY possa reabrir com ganhos nesta sexta-feira.

No sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa com 15% de catação ficou em R$ 1.340,00/1.345,00 (compra/venda) a saca, estável. No cerrado mineiro, arábica bebida dura com 15% de catação teve preço de R$ 1.345,00/1.350,00, inalterado.

O café arábica “rio” tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais, com 20% de catação, teve preço de R$ 1.180,00/1.185,00 a saca, estável.

O conilon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, ficou em R$ 1.235,00/1.240,00 a saca (R$ 1.220,00/1.225,00 anteriormente) e o 7/8 em R$ 1.230,00/1.235,00 (R$ 1.215,00/1.220,00 ontem).

COLHEITA BRASILEIRA – SAFRAS

* A colheita de café no Brasil volta avançar de forma rápida, aproveitando o clima seco e o estágio de maturação das lavouras. De acordo com o acompanhamento semanal de Safras & Mercado, até o dia 02 de julho, 58% da safra 2024/25 já havia sido colhida, um avanço de 8 pontos percentuais em relação à semana anterior. Em igual período do ano passado, a colheita total de café no Brasil estava em 52% e a média dos últimos 5 anos para o mesmo período é de 54%.

* A colheita do conilon ganha mais ritmo e avança para o quarto final dos trabalhos, com 76% do potencial produtivo já colhido. Os trabalhos superam igual período do ano passado (70%) e a média dos últimos 5 anos (73%). A produção deve ficar abaixo da esperada, especialmente no Espírito Santo, o que deve levar a uma correção negativa no número de safra, aponta o consultor de Safras, Gil Barabach.

* A colheita de arábica continua acelerada, ampliando a distância em comparação a períodos anteriores. Já foram colhidos 50% do potencial da produção. Assim, supera tanto igual época do ano passado (43%) como a média de 5 anos em 45%. A safra mais miúda continua preocupando bastante, o que alimenta ruídos de possível correção negativa nos números de arábica. Também há registro, especialmente na região das Matas de Minas, de café no chão, o que gera inquietação em relação à qualidade, avalia Barabach.

NOVA YORK

* Os contratos com entrega em setembro/24 registram alta de 3,38% na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE), cotados a 231,80 centavos de dólar por libra-peso.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra baixa de 0,15% a R$ 5,4776. O Dollar Index registra baixa de 0,22% a 104,90 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram em baixa. Xangai, -0,28%. Japão, feriado.

* As principais bolsas na Europa operam em alta. Paris. +0,38%. Frankfurt. +0,80%. Londres. +0,06%.

* O petróleo opera em alta. Agosto do WTI em NY: US$ 84,01 o barril (+0,14%).

AGENDA

– EUA: O número de empregos criados ou perdidos pela economia (payroll) e a taxa de desemprego referentes a junho serão publicados às 9h30 pelo Departamento do Trabalho.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30.

– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.

Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Safras News

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