Porto Alegre, 13 de junho de 2025 – O mercado brasileiro de frango registrou preços mais fracos no vivo e no atacado ao longo da semana. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o cenário voltou a se deparar com manutenção do padrão das negociações. No entanto, o mercado permaneceu fragilizado.
“Resta apenas uma semana para o encerramento do período de vazio sanitário, e ao que tudo indica o fluxo de comércio deve ser reestabelecido, uma vez que não há novas investigações em granjas comerciais”, ressaltou.
O Brasil investiga quinze suspeitas de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, sendo dez dessas suspeitas em aves de fundo de quintal e cinco suspeitas em animais selvagens, o que não altera o status sanitário brasileiro.
No mercado atacadista, a perspectiva de queda é apresentada no curto prazo, ainda com oferta relevante. “A manutenção de produto em câmaras frias e em contêineres frigoríficos é uma estratégia importante para mitigar os efeitos dos embargos, destacando que a regionalização do embargo foi anunciada em relação ao México”, afirmou.
“Restam países relevantes, a exemplo da China, Filipinas, África do Sul e União Europeia, o que deve acontecer ao fim do período de vazio sanitário. O aumento dos preços internacionais da carne de frango ainda é um elemento importante a ser considerado para a rápida retomada do fluxo de exportação. A ausência momentânea e parcial do Brasil produz consequências”, concluiu.
Preços internos
Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito caiu de R$ 10,60 para R$ 10,10, o quilo da coxa de R$ 7,50 para R$ 7,10 e o quilo da asa de R$ 11,60 para R$ 10,50. Na distribuição, o preço do quilo do peito recuou de R$ 10,80 para R$ 10,20, o quilo da coxa de R$ 7,70 para R$ 7,20 e o quilo da asa de R$ 11,80 para R$ 10,75.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou mudanças nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito desvalorizou de R$ 10,70 para R$ 10,20, o quilo da coxa de R$ 7,60 para R$ 7,20 e o quilo da asa de R$ 11,70 para R$ 10,60. Na distribuição, o preço do peito retrocedeu de R$ 10,90 para R$ 10,30, o quilo da coxa de R$ 7,80 para R$ 7,30 e o quilo da asa de R$ 11,90 para R$ 10,85.
O levantamento semanal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo caiu de R$ 5,70 para R$ 5,50 e, em São Paulo, seguiu em R$ 5,50.
Na integração catarinense a cotação do frango continuou em R$ 4,70. Na integração do oeste do Paraná, a cotação caiu de R$ 5,00 para R$ 4,80 e, na integração do Rio Grande do Sul, de R$ 4,80 para R$ 4,75.
No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango retraiu de R$ 5,60 para R$ 5,40, em Goiás de R$ 5,65 para R$ 5,45 e, no Distrito Federal, de R$ 5,70 para R$ 5,50. Em Pernambuco, o quilo vivo teve estabilidade de R$ 6,50, no Ceará de R$ 7,00 e, no Pará, de R$ 7,20.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 160,833 milhões em junho (5 dias úteis), com média diária de US$ 32,166 milhões. A quantidade total exportada pelo país chega a 89,765 mil toneladas, com média diária de 17,953 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.791,7.
Em relação a junho de 2024, há recuo de 11,7% no valor médio diário, baixa de 12% na quantidade média diária e valorização de 0,4% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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