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À espera de exportações, preço do arroz segue caindo forte por colheita

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Porto Alegre, 14 de março de 2025 – O mercado brasileiro de arroz segue na expectativa das exportações, enquanto a colheita no Brasil avança rapidamente e pressiona as cotações.

 

No Rio Grande do Sul, a ceifa atingiu 26,21% da área semeada, segundo o último levantamento do Irga. A Fronteira Oeste lidera os trabalhos, seguida pela Planície Costeira Interna, Planície Costeira Externa, Região Central, Campanha e, por último, a Zona Sul.

 

“As condições climáticas favoráveis têm acelerado a retirada do grão do campo, aumentando a oferta disponível e reforçando o viés baixista”, pontua o analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

 

A média da saca de 50 quilos de arroz gaúcha (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), principal referencial nacional, encerrou a quinta-feira (13) cotada a R$ 83,02, queda de 6,05% em relação à semana anterior. Em comparação ao mesmo período do mês passado, havia um recuo de 15,56%. E era 18,03% inferior ao mesmo período de 2024.

 

No Brasil, rumores apontam para a saída de um navio de arroz pelo porto de Rio Grande na próxima semana, já contendo parte da nova safra. “Para abril, ainda não há contratos fechados, apenas embarques previamente negociados em dezembro de 2024”, comenta o analista. “Também circulam informações sobre dois novos navios, um de 32 mil toneladas e outro de 25 mil toneladas, ainda sem detalhes sobre variedades ou destinos”, acrescenta.

 

No cenário internacional, o Paraguai ainda está operando com contratos firmados em 2024, com preços entre US$ 360 e US$ 370 a toneladas. “No entanto, os valores atuais recuaram para US$ 300 a US$ 310/t, indicando um mercado global mais pressionado”, pondera Oliveira. O país vizinho também realizou vendas antecipadas para embarque em fevereiro, mas sem novos negócios relevantes até o momento.

 

Nos Estados Unidos, a guerra comercial com o México e as políticas do governo Donald Trump seguem no radar, podendo alterar fluxos de exportação e abrir oportunidades para outros fornecedores. “Qualquer escalada na disputa comercial pode redirecionar compradores mexicanos para o Mercosul”, frisa o consultor.

 

Rodrigo Ramos/ Agência Safras News

 

Copyright 2025 – Grupo CMA

 

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