Porto Alegre, 11 de julho de 2025 – O mercado brasileiro de frango registrou preços mais firmes a estáveis no vivo e no atacado ao longo da semana. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a expectativa é de gradativa melhora dos preços internos, da mesma forma que as exportações caminham em direção a normalidade.
Iglesias explica que a retoma das compras por parte das Filipinas na última semana foi um progresso importante, restando agora dentre os grandes compradores de produtos avícolas brasileiros apenas a China e a União Europeia, que ainda sustentam embargos para todo o país.
Além disso, o analista ressalta que os custos de nutrição animal devem ficar controlados no decorrer do segundo semestre, considerando a entrada de uma safrinha de grandes proporções. Além disso, também é aguardado recuo dos preços do farelo de soja no mercado doméstico.
O mercado atacadista, por sua vez, confirma a expectativa e apresenta recuperação em seus preços durante a segunda semana de julho. “A tendência é de continuidade deste movimento, considerando o importante ganho de competitividade da carne de frango em relação as proteínas concorrentes, em especial na comparação com a carne bovina”, disse Iglesias.
“A entrada dos salários na economia motiva a reposição entre atacado e varejo, e favorece a recuperação dos preços. O resultado das exportações de carne de frango em junho confirma a expectativa de Safras & Mercado de recuo do volume embarcado, queda de aproximadamente 23% no comparativo com junho de 2024”, concluiu o analista.
Preços internos
Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito subiu de R$ 9,90 para R$ 10,00, o quilo da coxa seguiu em R$ 6,90 e o quilo da asa avançou de R$ 10,00 para R$ 10,40. Na distribuição, o preço do quilo do peito valorizou de R$ 10,00 para R$ 10,10, o quilo da coxa continuou em R$ 7,00 e o quilo da asa elevou de R$ 10,20 para R$ 10,60.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou mudanças nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito teve ganhos de R$ 10,00 para R$ 10,10, o quilo da coxa permaneceu em R$ 6,90 e o quilo da asa subiu de R$ 10,10 para R$ 10,50. Na distribuição, o preço do peito registrou avanço de R$ 10,10 para R$ 10,20, o quilo da coxa registrou estabilidade de R$ 7,10 e o quilo da asa valorização de R$ 10,30 para R$ 10,70.
O levantamento semanal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo subiu de R$ 5,60 para R$ 5,70 e, em São Paulo, seguiu em R$ 5,80.
Na integração catarinense a cotação do frango continuou em R$ 4,70. Na integração do oeste do Paraná, a cotação permaneceu em R$ 4,80 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,75.
No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango subiu de R$ 5,50 para R$ 5,55, em Goiás de R$ R$ 5,55 para R$ 5,65 e, no Distrito Federal, de R$ 5,60 para R$ 5,70. Em Pernambuco, o quilo vivo subiu de R$ 5,90 para R$ 6,00, no Ceará de R$ 5,00 para R$ 6,20 e, no Pará, de R$ 6,00 para R$ 6,50.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 131,427 milhões em julho (4 dias úteis), com média diária de US$ 32,856 milhões. A quantidade total exportada pelo país chega a 75,157 mil toneladas, com média diária de 18,789 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.748,7.
Em relação a julho de 2024, há recuo de 8,2% no valor médio diário, baixa de 0,8% na quantidade média diária e baixa de 7,5% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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