Preços do frango sobem no atacado, refletindo demanda aquecida

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     Porto Alegre, 8 de julho de 2022 – O mercado brasileiro de frango encerrou a semana com preços estáveis para quilo vivo e mais altos para os cortes negociados no atacado e na distribuição. “Houve uma boa reposição entre o atacado e o varejo nos primeiros dias de julho, assim como houve um incremento nos preços da carne bovina, o que fomentou a melhora na demanda pela carne de frango”, explica o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias.

     A tendência para os próximos dias é de um aumento nos preços, tendo em vista o recebimento de salários por parte da população. “No médio prazo, o potencial aumento projetado no auxílio emergencial por parte do governo federal tende a ser um fator importante para fomentar a demanda por produtos básicos, incluindo a carne de frango, a proteína mais acessível para o consumidor médio”, avalia.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango subiram ao longo da semana. O preço do quilo do peito mudou de R$ 10,15 para R$ 10,25 e o quilo da coxa seguiu em R$ 7,60. Já o quilo da asa aumentou de R$ 10,10 para R$ 10,45. Na distribuição, o preço do quilo do peito avançou de R$ 10,30 para R$ 10,50, o quilo da coxa seguiu em R$ 7,80 e o quilo da asa passou de R$ 10,30 para R$ 10,70.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário na semana também foi de reajustes. No atacado, o preço do quilo do peito subiu de R$ 10,25 para R$ 10,35, o quilo da coxa seguiu em R$ 7,70 e o quilo da asa avançou de R$ 10,20 para R$ 10,55. Na distribuição, o preço do quilo do peito aumentou de R$ 10,40 para R$ 10,60, o quilo da coxa seguiu em R$ 7,80 e o quilo da asa passou de R$ 10,40 para R$ 10,80.

     Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne de frango totalizaram 432,5 mil toneladas em junho, volume que supera em 8,8% os embarques realizados no mesmo período do ano passado, quando foram exportadas 397,4 mil toneladas. Em receita, as vendas de junho totalizaram US$ 951,7 milhões, desempenho 46,3% maior que o realizado no sexto mês de 2021, com US$ 650,6 milhões.

     As exportações totais registradas ao longo do primeiro semestre alcançaram 2,423 milhões de toneladas, volume 8% superior ao registrado nos seis primeiros meses de 2021, com 2,244 milhões de toneladas – mantendo, neste ano, média mensal acima das 400 mil toneladas. Em receita, a alta do semestre é de 36%, com US$ 4,728 bilhões em 2022, contra US$ 3,476 bilhões em 2021.

     O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 6,30. Em São Paulo o quilo continuou em R$ 6,00.

     Na integração catarinense a cotação do frango prosseguiu em R$ 5,00. No oeste do Paraná o preço continuou em R$ 5,60. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo se manteve em R$ 5,80.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango prosseguiu em R$ 6,25. Em Goiás o quilo vivo seguiu em R$ 6,25. No Distrito Federal o quilo vivo permaneceu em R$ 6,30.

     Em Pernambuco, o quilo vivo continuou em R$ 6,50. No Ceará a cotação do quilo seguiu em R$ 6,00 e, no Pará, o quilo vivo seguiu em R$ 6,50.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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