Preços domésticos do algodão mostram fraqueza com deterioração de NY

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Imea

     Porto Alegre, 8 de julho de 2022 – O mercado brasileiro de algodão teve mais uma semana de queda nas cotações, refletindo a deterioração na Bolsa de Nova York nas primeiras sessões da semana. Nesta quinta-feira (07), a fibra no CIF do polo industrial paulista encerrou cotada a R$ 6,05 libra-peso, ante R$ 6,35 por libra-peso no dia 30 de junho. Em 30 dias, a retração acumulada foi de 21,94%.

     No FOB exportação do porto de Santos/SP, o produto nacional era cotado a 114,69 centavos de dólar por libra-peso no dia 7. A pluma brasileira contra o contrato dezembro/22 na ICE US terminou o dia com um valor 24,83% superior. Há uma semana, era 27% mais alto e, há um mês, era 26,2% superior.

     A safra brasileira de algodão em pluma na temporada 2021/22 está estimada em 2,787 milhões de toneladas, alta de 18,2% na comparação com as 2,359 milhões de toneladas indicadas na safra 2020/21. Os números fazem parte do décimo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2021/22. No levantamento anterior, foram 2,815 milhões de toneladas.

     A produtividade das lavouras está estimada em 1.741 quilos de algodão em pluma por hectare, ante 1.721 quilos na temporada 2020/21. A área plantada com algodão na temporada 2021/22 está estimada em 1,601 milhão de hectares, elevação de 16,8% na comparação com os 1,370 milhão de hectares da safra passada.

     O Mato Grosso, principal Estado produtor, deverá colher uma safra de algodão em pluma de 1,985 milhão de toneladas, número que representa um avanço de 22,8% ante 2020/21, quando foram produzidas 1,617 milhões de toneladas.

     A Bahia, segundo maior produtor de algodão, deve colher 546,6 mil toneladas de algodão em pluma, elevação de 7,9% sobre 2020/21 (506,6 mil toneladas). Goiás deverá ter uma safra 2021/22 de 49,2 mil toneladas, com acréscimo de 6,3% sobre 2020/21 – 46,3 mil toneladas.

     Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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