Preço do suíno volta a cair com cautela de frigoríficos nas compras

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carne suína

     Porto Alegre, 8 de julho de 2022 – A primeira semana de julho foi marcada por um movimento de retração nas cotações do quilo vivo do suíno e dos cortes negociados no atacado. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, o ambiente de negócios se mostrou truncado, com frigoríficos ainda cautelosos nas compras e reticentes quanto a preços, avaliando o escoamento da carne.

     Por outro lado, os suinocultores seguem buscando reajustes, considerando que a oferta de animais ainda mostra equilíbrio. “Além disso, há a sinalização de que os animais continuam leves em vários estados do Centro-Sul, com a continuidade do ajuste produtivo. A perspectiva para o consumo é positiva para o curto prazo, considerando a entrada da massa salarial da economia e o alto preço da concorrente carne bovina no varejo”, explica.

     O potencial aumento do auxílio Brasil pode favorecer a demanda de produtos básicos, como a carne suína. “O quadro da suinocultura vem melhorando, o que traz algum otimismo aos granjeiros. Contudo, vale destacar que as margens permanecem deterioradas, o que merece atenção”, avalia.

     O preço de exportação da carne suína está em alta neste momento, o que, juntamente com dólar valorizado, favorece um avanço da rentabilidade.

     As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) alcançaram 93,5 mil toneladas em junho, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O resultado é 14% menor que os embarques registrados no mesmo período de 2021, com 108,8 mil toneladas.

    As vendas internacionais do setor geraram receita de US$ 219,1 milhões em junho, número 18,9% menor que o registrado no sexto mês do ano passado, com US$ 270,2 milhões.

     No semestre, as exportações de carne suína totalizaram 510,2 mil toneladas, número 9,3% menor que o acumulado nos seis primeiros meses de 2021, com 562,7 mil toneladas. A receita acumulada este ano alcançou US$ 1,115 bilhão, número 17,4% menor que o registrado no primeiro semestre do ano passado, com US$ 1,349 bilhão.

     Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou a média de preços do quilo vivo no país recuou 0,33% na semana, passando de R$ 6,10 para R$ 6,08. A média preços pagos pelos cortes de pernil no atacado cai 0,14%, de R$ 10,29 para R$ 10,27. A carcaça teve queda de 1,93%, passando de R$ 9,71 para R$ 9,53.

     A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo passou de R$ 136,00 para R$ 137,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,10. No interior do estado a cotação mudou de R$ 6,25 para R$ 6,20.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração subiu de R$ 5,10 para R$ 5,20. No interior catarinense, a cotação baixou de R$ 6,20 para R$ 6,15. No Paraná o quilo vivo passou de R$ 6,30 para R$ 6,20 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo retrocedeu de R$ 5,20 para R$ 5,15.

     No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande aumentou de R$ 5,90 para R$ 5,95, enquanto na integração o preço passou de R$ 5,00 para R$ 5,10. Em Goiânia, o preço permaneceu em R$ 7,10. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno retrocedeu de R$ 7,30 para R$ 7,20. No mercado independente mineiro, o preço caiu de R$ 7,50 para R$ 7,40. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis aumentou de R$ 5,90 para R$ 5,95. Já na integração do estado o quilo vivo seguiu em R$ 5,00.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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