Porto Alegre, 12 de maio de 2022 – O mercado brasileiro de soja deve ter um início de quinta de poucos negócios no Brasil. Enquanto Chicago recua, o dólar sobe. Com os formadores de preço em direções opostas, os agentes se retraem e aguardam os números do USDA, que serão divulgados no início da tarde.
O dia foi marcado pelo ritmo lento na comercialização nas principais praças do país. Os preços subiram, acompanhando a alta em Chicago e a leve valorização do dólar.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 196,00. Na região das Missões, a cotação ficou em R$ 195,00. No Porto de Rio Grande, o preço permaneceu em R$ 196,50.
Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 188,50 para R$ 189,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca avançou de R$ 195,50 para R$ 196,00.
Em Rondonópolis (MT), a saca aumentou de R$ 177,50 para R$ 178,50. Em Dourados (MS), a cotação subiu de R$ 180,00 para R$ 181,00. Em Rio Verde (GO), a saca subiu de R$ 174,50 para R$ 175,00.
CHICAGO
* Os contratos com vencimento em julho registram baixa de 0,8% a US$ 15,93 3/4 por bushel.
* O mercado realiza parte dos lucros de ontem, à espera do relatório de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
* Os agentes seguem se posicionando frente ao relatório de maio do Departamentode Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O Departamento divulga nesta quinta, às 13 horas (horário de Brasília), o seu primeiro levantamento com o quadro de oferta e demanda norte-americano para a temporada 2022/23. O USDA deverá indicar previsão de produção e estoques finais acima dos projetados para a atual temporada.
* Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em safra de 4,604 bilhões de bushels, contra 4,435 bilhões da temporada 2022/23. Os estoques deverão ficar em 319 milhões de bushels, contra os atuais 260 milhões. Esse número deverá ser revisado para 222 milhões, aposta o mercado.
* Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial, a previsão do USDA deve indicar 98 milhões de toneladas para 2022/23, contra os atuais 89,6 milhões estimados pelo USDA para 2021/22. O mercado aposta em um corte para 89 milhões de toneladas.
* A safra brasileira 2021/22 deve ser cortada de 125 milhões para 124,5 milhões de toneladas. A produção da Argentina também deverá ser revisada para baixo, passando de 43,5 milhões para 42,8 milhões de toneladas.
PREMIOS
* Os prêmios de exportação da soja estavam em 100 a 145 pontos acima de Chicago no final da terça no Porto de Paranaguá, para maio. Para junho, o prêmio era de 134 a 140 acima. Para julho, o prêmio estava em 152 a 158 pontos acima, conforme dados de SAFRAS & Mercado.
* Os preços FOB apresentaram ganhos ontem, seguindo a alta dos contratos futuros em Chicago e dos prêmios. Houve maior atividade em Paranaguá, com o mercado de olho na demanda chinesa. O ritmo lento na comercialização no
físico ajuda a sustentar os prêmios.
CÂMBIO
* O dólar comercial registra alta de 0,95% a R$ 5,194. O Dollar Index registra alta de 0,78% a 104,65 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia encerraram firmes. Xangai, +0,75%; Tóquio, +0,18%.
* As principais bolsas na Europa registram índices firmes. Londres, +0,78%; Paris, +0,88% e Frankfurt, +0,8%.
* O petróleo opera em alta. Junho do WTI em NY: US$ 102,55 o barril (+2,75%).
AGENDA
– Relatório de maio para oferta e demanda mundial e norte-americana – USDA, 13hs.
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.
—–Sexta-feira (13/05)
– Eurozona: A produção industrial de março será publicada às 6h pelo Eurostat.
– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.
– Dados de desenvolvimento das lavouras no Mato Grosso – Imea, na parte da tarde.
– Resultados financeiros da Heringer, Cosan e Raizen.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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