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Porto Alegre, 1 de março de 2024 – O mercado brasileiro de milho registrou um cenário bastante diferenciado ao longo de fevereiro. A primeira metade do mês foi marcada pelo movimento de alta nas cotações, com uma maior necessidade de compra por parte dos consumidores e com os produtores adotando a estratégia de segurar as ofertas para venda.

A partir de segunda quinzena, contudo, o movimento do mercado inverteu completamente. Segundo a Safras Consultoria, após adquirir bons volumes do cereal, os compradores saíram do mercado, forçando os produtores a pressionar as cotações. O spread elevado entre o valor de compra e de venda do cereal manteve os compradores na defensiva, à espera de um movimento maior de queda nos preços.

Tentando liberar maiores espaços nos armazéns para estocar a soja colhida e tendo de honrar compromissos financeiros neste final de mês, os produtores passaram a disponibilizar maiores volumes do cereal para venda, o que contribuiu para um declínio nos preços nas principais praças de comercialização do Brasil. Fatores como o cenário de queda das cotações no porto para a safrinha, a fraca demanda na exportação e a valorização do real frente ao dólar também foram determinantes para a baixa dos preços no cenário doméstico.

No cenário internacional, ainda que a Bolsa de Chicago tenha esboçado uma reação na última semana do mês, o viés negativo predominou ao longo de fevereiro, em meio à expectativa de uma ampla oferta global, puxada pela safra recorde nos Estados Unidos e pela expectativa de uma boa produção do cereal em países da América do Sul.

Preços internos

O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 57,78 no dia 29 de fevereiro, baixa de 1,76% frente aos R$ 58,82 registrados no fechamento de janeiro. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, subiu 1,75%, passando de R$ 57,00 para R$ 58,00. Em Campinas/CIF, a cotação baixou 1,54%, de R$ 65,00 para R$ 64,00. Na região da Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 59,00, queda de 4,84% frente aos R$ 62,00 registrados no final de janeiro.

Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca caiu 4,44%, de R$ 45,00 para R$ 43,00. Em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço retrocedeu 1,72%, de R$ 58,00 para R$ 57,00 na venda.

Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda baixou 1,67%, de R$ 60,00 para R$ 59,00 a saca. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda continuou em R$ 58,00.

Exportações

As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 424,493 milhões em fevereiro (15 dias úteis), com média diária de US$ 28,286 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 1,677 milhão de toneladas, com média de 111,860 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 252,90.

Em relação a fevereiro de 2023, houve baixa de 24,9% no valor médio diário da exportação, queda de 11,5% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 15,2% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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