Porto Alegre, 10 de junho de 2022 – O mercado físico de boi gordo registrou preços predominantemente mais altos nesta semana. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o cenário atual é de maior propensão a reajustes, uma vez que as escalas de abate dos frigoríficos não avançaram de maneira satisfatória no transcorrer da semana.
O volume de animais terminados é cada vez menor, com a safra do boi gordo aproximando-se do seu limiar. “A tendência é que haja maior espaço para alta dos preços no próximo período de virada de mês. Além disso, o final do lockdown e a retomada das exportações entre as unidades frigoríficas que foram provisoriamente embargadas pela China torna o quadro mais animador, considerando a mudança do perfil de compra entre as indústrias habilitadas a exportar com destino ao mercado chinês”, assinalou Iglesias.
Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 09 de junho:
* São Paulo (Capital) – R$ 310,00 a arroba, ante R$ 300,00 na comparação com o dia 02, subindo 3,33%.
* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 275,00 a arroba, contra R$ 280,00 (-1,75%).
* Goiânia (Goiás) – R$ 275,00 a arroba, contra R$ 270,00 (1,85%).
* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 280,00 a arroba, contra R$ 270,00 (+3,7%).
* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 275,00 a arroba, estável.
Atacado
O mercado atacadista voltou a apresentar preços firmes para a carne bovina nesta semana. O viés de alta permanece, pois o ambiente de negócios ainda sugere por alguma alta dos preços no curto prazo, em linha com a entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo. “No entanto o padrão de consumo delimitado para 2022 ainda aponta para a predileção por proteínas mais acessíveis, a exemplo do frango e dos ovos”, disse Iglesias.
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS
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