Porto Alegre, 13 de novembro de 2025 – As vendas do comércio variaram -0,3% em setembro, na comparação com agosto, após variação de 0,1% em agosto. O Termômetro Safras apontava alta de 0,3%. Em relação a setembro de 2024, o resultado positivo (0,8%) é o sexto consecutivo. O Termômetro Safras esperava alta de 1,7%. No ano, o varejo acumulou crescimento de 1,5%. O acumulado em 12 meses foi de 2,1%, a menor taxa de crescimento desde janeiro de 2024. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (13), pelo IBGE.
No comércio varejista ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças, Material de construção e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas variou 0,2% em setembro na comparação com agosto. Frente a setembro de 2024, houve crescimento de 1,1%, após três meses de perdas. No ano e em 12 meses, o varejo ampliado acumula -0,3% e 0,7%, respectivamente.
O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, explica que é preciso observar o resultado da comparação com o mês anterior numa perspectiva de médio prazo. “Num horizonte de seis meses, por cinco ocasiões as taxas ficaram no campo negativo, o que já dá uma diferença de patamar para março (quando houve a última alta) de -1,1%. Assim, o cenário que se desenhava de abril a junho (queda lenta após pico de março), volta em setembro, mas agora já contabilizando seis meses desse movimento”, comenta.
A pesquisa mostra que houve taxas negativas na passagem de agosto para setembro em seis dos oito setores. Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,6%), Tecidos, vestuário e calçados (-1,2%), Combustíveis e lubrificantes (-0,9%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,9%), Móveis e Eletrodomésticos (-0,5%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%) registraram taxas negativas.
Livros, jornais, revistas e papelaria segue caindo pelo segundo mês consecutivo e pelo quarto em cinco meses. “Essa é uma atividade que registra trajetória de queda persistente, sobretudo pela migração de parte de seu portfólio de produtos para outras atividades, como no caso do livro físico. Tecidos, vestuário e calçados tem queda puxada por roupas, acessórios de moda, além da venda de calçados, bolsas, malas e artigos de viagem”, explica o gerente da pesquisa.
Já as taxas positivas ficaram por conta de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,5%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, e de perfumaria (1,3%)
As duas atividades no âmbito do varejo ampliado tiveram resultados com leitura distinta na comparação de setembro com agosto: Veículos e motos, partes e peças com queda de 0,8% e Material de construção com variação -0,1%
As informações são do IBGE.
Revisão: Rodrigo Ramos / Agência Safras News
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