Porto alegre, 27 de agosto de 2021 – Os preços do trigo estão em patamares expressivamente superiores na comparação com igual momento do ano passado. Isso vale para Chicago, referência internacional onde os preços estão 36% mais altos; para o Paraná, onde a variação vai de 30 a 33% dependendo da praça de comercialização; para o Rio Grande do sul, onde os preços estão de 34 a 36% mais caros e para a Argentina, onde o preço spot subiu 23% no último ano. Para o trigo de safra nova, a alta é de 35%.
O mercado internacional vem lidando com uma oferta restrita do grão, principalmente devido a quebras de safra em importantes exportadores, como Estados Unidos, Rússia, Canadá e Argentina. Nosso país vizinho tem 52% de suas lavouras em déficit hídrico no momento, conforme a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. A oferta argentina já vem apertada devido à quebra do ano passado. O país é o principal fornecedor de trigo ao Brasil.
Paraná
No Paraná, o Deral estimou ontem a safra 2021 em 3,721 milhões de toneladas, Em julho, a projeção ficava em 3,887 milhões de toneladas. A safra do estado foi impactada por geadas e pela recente falta de chuvas. Ainda assim, o volume supera em 17% as 3,19 milhões de toneladas colhidas no ano passado.
Rio Grande do Sul
A situação no Rio Grande do Sul é um pouco menos preocupante. O estado recebeu chuvas favoráveis nesta semana e, ainda que tenha sofrido com a estiagem, ainda tem tempo para se recuperar. Na Regional de Ijuí da Emater/RS, as lavouras têm bom desenvolvimento, mas devem ter perda no potencial produtivo. O número ainda não foi estimado.
Na Regional de Frederico Westphalen, o desenvolvimento é positivo e o rendimento deve superar o do ano passado. Já na regional de Santa Rosa, a perda já é estimada em 7% devido ao clima quente, seco e ventoso. Conforme fontes consultadas pela Agência SAFRAS, a tendência é de normalidade para o clima e o desenvolvimento daqui pra frente. O crescimento segue atrasado a nível estadual.
Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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