A Suzano registrou lucro líquido de R$ 6,35 bilhões no 1o trimestre deste ano, um forte aumento ante o resultado positivo de R$ 220 milhões de um ano antes. O desempenho foi apoiado por uma reversão no resultado financeiro negativo de R$3 bilhões apurado no primeiro trimestre do ano passado. Este ano a linha encerrou o período em terreno positivo a R$7,7 bilhões, impulsionada pela valorização do dólar contra real.
A receita líquida da companhia no período foi de R$ 11,55 bilhões, 22% maior que o visto no mesmo período do ano anterior.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, sem a inclusão de itens não recorrentes, subiu 7% no trimestre, para R$ 4,9 bilhões.
Em relação aos dados operacionais, a Suzano vendeu 3 milhões toneladas de papel e celulose no período, alta de 12%. Do total, 2,65 milhões de toneladas foram de celulose, 10% maior na comparação anual, e 390 mil toneladas de papel, alta de 25%, na mesma base de comparação.
SUMÁRIO EXECUTIVO
A administração da Suzano comentou o desempenho do 1T25:
“O mercado de celulose teve desempenho favorável nos 2 primeiros meses de 2025, com sucessivos aumentos de preços plenamente implementados, à luz dos efeitos da limitação de oferta provocada pela parada de um importante produtor de papel integrado na China bem como pela conversão da produção para celulose solúvel por um dos produtores do setor. Em março, o sentimento de mercado manteve-se positivo em relação aos preços de celulose e à implementação do novo aumento de preços anunciado para o período, sobretudo após a Shanghai Pulp Week – um importante evento do setor de P&P. No entanto, o ambiente macroeconômico global de maior incerteza ao final do trimestre impactou negativamente a dinâmica de mercado.”
“O resultado do negócio de celulose na Companhia teve desempenho impactado pelo menor volume vendido, dada a estratégia comercial de recomposição de estoques para níveis normalizados e o menor preço realizado, por sua vez decorrente do faturamento de backlogs para algumas regiões. A performance operacional seguiu em linha com o planejado, com elevação no custo caixa de produção principalmente em função do efeito das paradas programadas para manutenção. Essa combinação de fatores resultou na queda do EBITDA ajustado por tonelada da celulose em comparação ao trimestre anterior. Na unidade de negócios de papel, o volume vendido teve redução sobretudo em função da sazonalidade, enquanto os preços apresentaram elevação frente ao trimestre anterior e ao mesmo período de 2024. O EBITDA ajustado consolidado no trimestre totalizou R$ 4,9 bilhões, uma queda de 25% em relação ao 4T24 e aumento de 7% quando comparado ao mesmo período de 2024. A geração operacional de caixa atingiu R$ 2,6 bilhões no trimestre, representando uma redução de 36% versus o 4T24 e um aumento de 24% na comparação anual.”
“No que se refere ao desempenho dos ativos de papel cartão adquiridos pela companhia nos Estados Unidos em outubro de 2024 (atual Suzano Packaging US), os resultados do 1T25 contemplam uma evolução operacional e comercial do negócio, estando em plena conformidade com a estratégia da companhia.”
“Em relação à gestão financeira, a dívida líquida medida em dólar ficou em US$ 12,9 bilhões, em trimestre marcado pelo desembolso de juros sobre capital próprio de R$ 2,2 bilhões. A alavancagem em dólar, por sua vez, ficou em 3,0x, dada a leve queda do EBITDA Ajustado dos últimos 12 meses e a pequena elevação da dívida líquida. A política de hedge cambial seguiu cumprindo sua função, com strikes médios das operações de Zero Cost Collar contratados em 5,44 (put) e 6,26 (call) e valor nocional de US$ 7,3 bilhões.”
“Em relação à execução financeira do projeto Cerrado (Unidade Ribas do Rio Pardo), a Companhia completou aproximadamente 97% do desembolso do capex total, restando portanto R$ 0,6 bilhão a serem pagos ainda em 2025.”