Porto Alegre, 23 de março de 2023 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços em forte baixa. A combinação de cenário fundamental baixista e aversão ao risco no financeiro dispararam vendas por parte de fundos e especuladores. Apenas o contrato maio se manteve acima de R$ 14,00 por bushel.
Na medida que avança a colheita da maior safra da história do Brasil, a demanda pela soja americana arrefece. Completando o cenário baixista, o clima de aversão ao risco no financeiro persiste. A queda de mais de 1% do petróleo puxou as demais commodities para o território negativo.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2022/23, com início em 1º de setembro, ficaram em 152.500 toneladas na semana encerrada em 16 de março. Para a temporada 2023/24, foram 199 mil toneladas. Analistas esperavam exportações entre 400 mil e 1,1 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 29,00 centavos ou 2% a US$ 14,19 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 13,98 1/2 por bushel, com perda de 26,50 centavos de dólar ou 1,85%.
Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 13,30 ou 2,94% a US$ 438,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 52,17 centavos de dólar, com perda de 2,47 centavos ou 4,52%.
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Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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