Porto Alegre, 2 de dezembro de 2022 – O mercado brasileiro de frango registrou preços predominantemente baixos para os cortes negociados no atacado e na distribuição, se comparados com o mês anterior. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o mês de novembro foi difícil para o setor, com margens desgastadas, excesso de oferta no mercado e piora nas exportações.
No quilo vivo, os preços se mantiveram em praticamente todos os estados, com leve alta em algumas regiões. Segundo Iglesias, o mercado encontra um elevado custo para produção e uma inviabilidade de altas mais consistentes para o frango vivo e do abatido, o que dificulta um movimento mais expressivo de mudanças nas cotações.
O analista sinaliza que o excesso de oferta dificultou bastante o desenvolvimento do setor no mês de novembro, com o mercado tendo dificuldades para escoar determinados cortes, em especial o peito do frango.
“As exportações também apresentaram piora, com volumes mais discretos e com evidente queda do preço médio pago pela tonelada da carne de frango brasileira”, disse Iglesias. “A retomada das exportações ucranianas via transporte rodoviário foi um fator importante para justificar este movimento”, finalizou.
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 718,020 milhões em novembro (20 dias úteis), com média diária de US$ 35,901 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 346,708 mil toneladas, com média diária de 17,335 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 2.071,00.
Em relação a novembro de 2021, houve alta de 24,7% no valor médio diário, ganho de 7,7% na quantidade média diária e avanço de 15,8% no preço médio. Os dados são do Ministério da Economia e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo do mês. O preço do quilo do peito diminuiu de R$ 9,35 para R$ 8,50, o quilo da coxa se manteve em R$ 7,60 e o quilo da asa retraiu de R$ 11,70 para R$ 11,50. Na distribuição, o preço do quilo do peito recuou de R$ 9,50 para R$ 8,70, o quilo da coxa continuou em R$ 7,80 e o quilo da asa teve desvalorização de R$ 11,90 para R$ 11,75.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário mensal também teve alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito caiu de R$ 9,45 para R$ 8,60, o quilo da coxa se manteve em R$ 7,70 e quilo da asa diminuiu de R$ 11,80 para R$ 11,60. Na distribuição, o preço do quilo do peito recuou de R$ 9,60 para R$ 8,80, o quilo da coxa continuou em R$ 7,90 e o quilo da asa teve baixa de R$ 12,00 para R$ 11,85.
O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo aumentou de R$ 5,20 para R$ 5,25 e em São Paulo teve estabilidade de R$ 5,50.
Na integração catarinense a cotação do frango se manteve em R$ 4,30 e na integração do oeste do Paraná em R$ 5,25. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,30.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango aumentou de R$ 5,15 para R$ 5,20, em Goiás de R$ 5,15 para R$ 5,20 e no Distrito Federal de R$ 5,20 para R$ 5,25.
Em Pernambuco, o quilo vivo permaneceu em R$ 5,70, no Ceará em R$ 5,70 e, no Pará, em R$ 5,90.
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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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