Semana será de chuvas restritas ao Sul, com previsão de baixa umidade no restante do país – Rural Clima

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     Porto Alegre, 9 de setembro de 2024 – Segundo o agrometeorologista Marco Antonio dos Santos, da Rural Clima, o Brasil enfrentará uma semana de temperaturas extremas e chuvas escassas. Áreas de instabilidade que atingem o Rio Grande do Sul nesta segunda-feira, 9 de setembro, contrastam com o tempo aberto e seco no restante do país. “Praticamente não haverá chuvas em quase todo o Brasil, com exceção de algumas pancadas nas cabeceiras dos rios amazônicos e na faixa litorânea do Nordeste”, afirma o especialista.

     A previsão para a semana, que se estende até o dia 13 de setembro, é de chuvas concentradas apenas no Sul do Brasil, enquanto o restante do país enfrenta temperaturas extremamente altas. Regiões como o oeste do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e a Bolívia podem registrar máximas acima de 45°C. Além do calor intenso, índices de umidade relativa do ar muito baixos agravam a situação.

     No entanto, o meteorologista chama atenção para o Sul do Brasil, que deve experimentar temperaturas mais amenas com a chegada de uma frente fria na quinta-feira. “No Sul, as condições climáticas são mais favoráveis, especialmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com temperaturas mais baixas e algumas chuvas ocasionais”, explica Marco Antonio dos Santos.

     A tendência de chuvas escassas deverá se manter até a semana seguinte, mas a partir do dia 15 de setembro, áreas de instabilidade vindas do norte da Amazônia começarão a avançar em direção às regiões centrais. Rondônia, oeste do Mato Grosso e a Bolívia poderão registrar as primeiras precipitações, embora ainda de forma irregular.

     Para o final de setembro e início de outubro, o modelo europeu indica um cenário mais chuvoso em comparação ao americano, com chuvas gradualmente se espalhando por outras áreas do país. “Mesmo com a transição para o La Niña, as chuvas devem se engrenar mais a partir de outubro, com volumes mais significativos no Sul, mas já atingindo regiões centrais”, pontua o agrometeorologista.

     Por fim, ele alerta que as condições adversas, com altas temperaturas e baixa umidade, continuarão impactando o país ao longo de setembro, com risco elevado de focos de queimadas e a impossibilidade de plantio nas áreas afetadas. O cenário só deve começar a melhorar com a chegada da primavera, no dia 22, quando as chuvas começarão a se espalhar mais regularmente pelo território brasileiro.

Paraguai

     A agrometeorologista Ludmila Camparotto informou que o Paraguai deverá enfrentar um período de chuvas irregulares nas próximas semanas. Embora uma frente fria avance entre os dias 12 e 13 de setembro, trazendo precipitações para as regiões do país, como Santa Rita e Cidade do Leste, essas chuvas serão irregulares, variando entre 10 e 15 mm.

     Ludmila destaca que os modelos meteorológicos, tanto americano quanto europeu, mostram divergências nas previsões para o final de setembro e início de outubro. O modelo europeu sugere um cenário um pouco mais chuvoso na virada do mês, enquanto o americano indica chuvas mais fracas devido à influência do La Niña. Ela alerta para a necessidade de cautela no início do plantio, já que as chuvas podem não ser suficientes em todas as áreas, causando variações significativas nos volumes de precipitação dentro de uma mesma fazenda.

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     Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Safras News

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