Boa demanda não é suficiente para recuperação dos preços de frango

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Porto Alegre, 6 de janeiro de 2023 – O mercado brasileiro de frango registrou preços de estáveis a mais baixos para os cortes negociados no atacado e na distribuição, se comparados à semana anterior. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, a demanda do final de ano foi boa, mas não foi o suficiente para criar um ambiente propício para a recuperação dos preços.

No quilo vivo, os preços também ficaram de estáveis a mais baixos. O declínio registrado em algumas praças ainda se dá por conta da fragilidade apresentada do mercado, devido ao quadro de excedente oferta, resultado do avanço do alojamento de pintos de corte ocorrido ao longo dos últimos meses.

De acordo com o analista, os custos da nutrição animal ainda exercem pressão sobre a margem da atividade, que segue negativa. “A exportação brasileira de frango, por outro lado, continua evoluindo de forma significativa”, sinaliza Maia.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 709,482 milhões em dezembro (22 dias úteis), com média diária de US$ 32,249 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 353,629 mil toneladas, com média diária de 16,074 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 2.006,30.

Em relação a dezembro de 2021, houve alta de 11,7% no valor médio diário, perda de 3,6% na quantidade média diária e avanço de 15,9% no preço médio. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Preços internos

Segundo levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito diminuiu de R$ 7,80 para R$ 7,40, o quilo da coxa de R$ 7,50 para R$ 7,30 e o quilo da asa se manteve em R$ 11,50. Na distribuição, o preço do quilo do peito recuou de R$ 8,00 para R$ 7,60, o quilo da coxa de R$ 7,70 para R$ 7,50 e o quilo da asa de R$ 11,75 para R$ 11,70.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário na semana também teve alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito teve retração de R$ 7,90 para R$ 7,50, o quilo da coxa de R$ 7,60 para R$ 7,40 e quilo da asa se manteve em R$ 11,60. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve desvalorização de R$ 8,10 para R$ 7,70, o quilo da coxa de R$ 7,80 para R$ 7,60 e o quilo da asa de R$ 11,85 para R$ 11,80.

O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo diminuiu de 5,10 para R$ 5,00 e em São Paulo se manteve em R$ 5,00.

Na integração catarinense a cotação do frango teve retração de R$ 4,20 para R$ 4,10. Na integração do oeste do Paraná recuou de R$ 5,15 para 5,10 e na integração do Rio Grande do Sul continuou em 5,00.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango recuou de R$ 5,10 para R$ 5,05, em Goiás de R$ 5,10 para R$ 5,00 e no Distrito Federal de R$ 5,10 R$ 5,00.

Em Pernambuco, o quilo vivo permaneceu em R$ 5,70, no Ceará em R$ 5,70 e, no Pará, em R$ 5,90.

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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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