Após comemorações de final de ano, preços do suíno não se sustentam

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carne suína

     Porto Alegre, 6 de janeiro de 2023 – Passado o período de festas, os preços do suíno vivo e da carcaça não se sustentaram. Os frigoríficos estão retraídos na negociação do vivo e principalmente em relação a preços, com a avaliação que a reposição entre atacado e varejo está perdendo força em linha com a expectativa de uma demanda mais fraca na ponta final.

     Segundo o Analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, a fragilidade do frango vivo e seus cortes segue em pauta e tende a pesar negativamente no decorrer das próximas semanas. “Diante deste quadro, mesmo sinalizando que a oferta de animais não está elevada, o poder de barganha dos suinocultores caiu, o que traz grande apreensão uma vez que o custo da nutrição animal também pesa sobre as margens da atividade”, afirma. O fluxo da exportação da carne suína brasileira é variável a ser acompanhada com atenção, fundamental para o quadro da disponibilidade doméstica enquanto a demanda interna permaneça enfraquecida.

Preços

     Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou a média de preços do quilo do suíno vivo no país recuou 4,11% na semana, passando de R$ 6,70 para R$ 6,43. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado diminuiu de R$ 11,64 para R$ R$ 11,17, recuo de 4,05%. A carcaça teve uma baixa, de R$ 11,38 para R$ 10,96%.

     A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo recuou de R$ 149,00 para R$ 140,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo estagnou em R$ 5,50. No interior do estado, abaixou de R$ 7,00 para R$ 6,85.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração não se alterou, continuando em R$ 5,60. No interior catarinense, a cotação diminuiu de R$ 6,95 para R$ 6,75. No Paraná o quilo vivo teve baixa de R$ 7,00 para R$ 6,70 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo ficou estável em R$ 5,30.

     No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve diminuição de R$ 6,80 para R$ 6,40 e na integração o preço ficou inalterado em R$ 5,50. Em Goiânia, o preço caiu de R$ 7,60 para R$ 6,90. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno recuou de R$ 7,70 para R$ 7,20. No mercado independente o preço diminuiu de R$ 7,90 para R$ 7,30. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis caiu de R$ 6,90 para R$ 6,40. Já na integração do estado, o quilo vivo continuou em R$ 5,50.

Exportações

     As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 236,442 milhões no acumulado fechado de dezembro (23 dias úteis), com média diária de US$ 10,747 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 92,540 mil toneladas, com média diária de 4,206 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.555,00.

     Em relação a dezembro de 2021, houve alta de 38,1% no valor médio diário, ganho de 21,0% na quantidade média diária e avanço de 14,2% no preço médio. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior / Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

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Yasmim Borges (yasmim.borges@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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