Porto Alegre, 17 de dezembro de 2021 – A safra 2021/22 de cana da região Centro-Sul deve encerrar com moagem de 525 milhões de toneladas, uma queda de 13,3 por cento em relação a 2020/21, quando foram colhidas 605,4 milhões de toneladas. Em coletiva de imprensa realizada nesta semana, o diretor-técnico da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), Antônio Pádua Rodrigues, destacou que o volume de moagem da safra 2021/22 é a menor desde 2011/12, quando a região colheu 492 milhões de toneladas.
Conforme o executivo, intempéries climáticas, como a estiagem e ainda as três geadas registradas no inverno, explicam a queda nos números de produção de cana. A queda mais expressiva de moagem de cana foi registrada no estado do Mato Grosso do Sul, com 21 por cento, seguido por São Paulo (-15,6%).
Segundo Rodrigues, a seca, as geadas, e ainda as queimadas tiveram diferentes efeitos em cada estado produtor de cana. Nos meses de abril, maio, junho, julho, agosto e setembro, a cana colhida teve menor rendimento em toda a região Centro-Sul. Apenas a partir de outubro, com o retorno das chuvas, é que a produtividade agrícola começou a se recuperar em relação ao último ano. Com isso, a safra 2021/22 vai terminando mais cedo que o normal, por conta da menor quantidade de cana para ser colhida.
“A produtividade agrícola da cana foi bastante afetada pelas intempéries climáticas em 2021, e deverá levar pelo menos dois anos para chegar perto do seu potencial. Ainda por conta das adversidades climáticas, tivemos que colher muita cana precoce nesse ano, o que ajudou a reduzir o rendimento agrícola da planta”, disse Rodrigues.
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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