Ritmo de negócios no milho evolui pouco no Brasil, com oferta discreta nos estados

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Porto Alegre, 13 de janeiro de 2023 – O mercado brasileiro de milho vivenciou mais uma semana com fluxos de negócios inexpressivos em boa parte dos estados, em meio ao cenário de oferta ainda discreto. Os preços, porém, seguiram sustentados pelas preocupações em torno dos baixos estoques de passagem, determinados pelo forte movimento de exportação registrado pelo milho brasileiro ao longo de todo o ano de 2022 e, também, em janeiro, mês que marca o encerramento do ano comercial.

Segundo a SAFRAS Consultoria, em meio às preocupações climáticas registradas em alguns estados, como o Rio Grande do Sul, afetando a produção de verão, somada à concentração logística voltada à colheita e ao escoamento da soja, a partir de fevereiro próximo, o abastecimento interno do cereal no primeiro semestre deverá ser bastante complicado.

No balanço da segunda semana do ano, o milho permaneceu estável em Cascavel, no Paraná, ficando na base de venda em R$ 86,00 a saca. Na região mogiana paulista, cotação estável na semana em R$ 88,00 a saca. Em Campinas (CIF)/São Paulo, preço continuou em R$ 91,50 a saca.

Em Erechim, Rio Grande do Sul, a cotação na venda passou de R$ 97,00 para R$ 96,00 a saca, retração de 1,03%. Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço seguiu em R$ 82,00 a saca.

Em Rio Verde, Goiás, na base de venda o preço seguiu em R$ 82,00 a saca. Em Rondonópolis, Mato Grosso, cotação permaneceu em R$ 75,00 a saca.

No Porto de Santos, preço seguiu na faixa de R$ 95,00 a saca.

Conab reduz potencial da safra brasileira

A produção brasileira de milho deverá totalizar 125,062 milhões de toneladas na temporada 2022/23, com avanço de 10,5% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 113,133 milhões de toneladas. A projeção faz parte do quarto levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em dezembro a safra havia sido indicada em 125,827 milhões de toneladas.

A Conab trabalha com uma área de 22,316 milhões de hectares, com alta de 3,4% sobre o ano anterior, de 21,580 milhões de hectares. A produtividade está estimada em 5.604 quilos por hectare, com ganho de 6,9% sobre a temporada anterior, de 5.242 quilos por hectare.

A primeira safra de milho deverá totalizar produção de 26,461 milhões de toneladas, com alta de 5,7% sobre a temporada anterior, quando foram colhidas 25,030 milhões de toneladas.

A segunda safra, ou safrinha, está estimada em 96,271 milhões de toneladas, 12,1% acima das 85,892 milhões de toneladas colhidas no ano passado. A terceira safra está estimada em 2,330 milhões de toneladas, alta de 5,4% sobre a temporada anterior, de 2,210 milhões de toneladas.

Exportações de milho pelo Brasil seguem muito aquecidas

As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 545,303 milhões em janeiro (5 dias úteis), com média diária de US$ 109,060 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 1,876 milhão de toneladas, com média de 375,315 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 290,60.

Em relação a janeiro de 2022, houve alta de 241,9% no valor médio diário da exportação, avanço de 188,4% na quantidade média diária exportada e valorização de 18,5% no preço médio. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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