Porto Alegre, 23 de setembro de 2022 – O mercado brasileiro de milho registrou uma semana bastante lenta em termos de comercialização no cenário doméstico. Permanece o impasse no que tange aos preços, o que limita os negócios. A diferença entre o valor que o consumidor deseja pagar pelo milho e o preço que o produtor deseja receber pelo cereal acaba deixando o mercado bem travado.
Segundo a SAFRAS Consultoria, os consumidores vêm mantendo um ritmo de aquisição de milho apenas pontual, para atender as necessidades mais imediatas de demanda, acreditando que a cotação interna possa recuar no curto prazo, diante da necessidade do pagamento de dívidas por parte dos produtores e da fraqueza na paridade de exportação observada nos últimos dias. Ainda vale ser mencionado o cenário de altos preços dos fretes, que torna o abastecimento de regiões como o Rio Grande do Sul e Santa Catarina bastante dispendioso.
Por outro lado, os vendedores seguram as ofertas, apostando em uma continuidade do forte ritmo de exportação de milho pelo Brasil, especialmente por conta dos problemas de seca observados nos Estados Unidos e Europa e as incertezas já observadas com relação ao clima para o plantio de milho em países da América do Sul, como a Argentina.
Ao longo da semana, no mercado brasileiro, o valor médio da saca de 60 quilos de milho caiu 0,77%, sendo vendida por R$ 84,20. O preço da saca de milho em Campinas/CIF, disponível ao produtor, foi cotado a R$ 86,00, ante os R$ 87,00 praticados na semana passada. Na região Mogiana paulista, o cereal baixou 0,60%, de R$ 84,00 para R$ 83,50 a saca.
Em Cascavel, no Paraná, no comparativo semanal, o preço caiu 1,18%, de R$ 85,00 para R$ 84,00 a saca. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação retrocedeu 3,75%, de R$ 80,00 para R$ 77,00 a saca. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço no balanço semanal permaneceu em R$ 95,00.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda na semana continuou em R$ 80,00 a saca. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda se manteve em R$ 80,00 a saca.
No lado das exportações, o cenário segue muito positivo. Os embarques de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 1,070 bilhão em setembro (11 dias úteis), com média diária de US$ 108,677 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 3,730 milhões de toneladas, com média de 339,104 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 286,90.
Em relação a setembro de 2021, houve alta de 282,5% no valor médio diário da exportação, avanço de 149,5% na quantidade média diária exportada e valorização de 53,1% no preço médio. Os dados são do Ministério da Economia e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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