Preços dos suínos caem no Brasil com cautela nas negociações do quilo vivo

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carne suína

     Porto Alegre, 23 de setembro de 2022 – A dinâmica do mercado brasileiro de suínos mudou pouco nesta semana. Os frigoríficos se mostraram cautelosos nas negociações do quilo vivo, principalmente em relação as pedidas, avaliando ainda o quadro de fragilidade da carcaça e dos cortes.

     Segundo analista da SAFRAS & Mercado, Allan Maia, o consumo e a reposição entre atacado e varejo tendem a ganhar fôlego na primeira quinzena de outubro apenas, com a entrada da massa salarial na economia. “Vale destacar que os preços dos concorrentes, a carne bovina e a de frango, também encontram dificuldade neste momento, o que acaba respingando negativamente sobre o suíno, por serem produtos substitutos”.

     Os suinocultores independentes estão apreensivos com o andamento do mercado, considerando que as margens estão negativas em muitos casos, o que pede pela continuidade do ajuste produtivo. “A exportação está apresentando ótimos números, contudo, não está conseguindo enxugar totalmente o excedente de oferta doméstica e trazer um ambiente propício para as cotações”, pontuou.

Preços

     Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou a média de preços do quilo do suíno vivo no país recuou 1,17% na semana, passando de R$ 6,07 para R$ 6,00. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado diminuiu de R$ 10,07 para R$ 9,86. A carcaça teve baixa de 2,84% na semana, passando de R$ 9,68 para R$ 9,40.

     A análise mensal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo diminuiu de R$ 132,00 para R$ 131,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,30. No interior do estado a cotação diminuiu de R$ 6,25 para R$ 6,15.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração permaneceu em R$ 5,40. No interior catarinense, a cotação caiu de R$ 6,20 para R$ 6,10. No Paraná o quilo vivo recuou de R$ 6,25 para R$ 6,20 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 5,15.

     No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande diminuiu de R$ 5,95 para R$ 5,85, enquanto na integração o preço seguiu em R$ 5,30. Em Goiânia, o preço baixou de R$ 6,60 para R$ 6,50. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno recuou de R$ 7,00 para R$ 6,70. No mercado independente o preço caiu R$ 7,10 para R$ 6,90. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis diminuiu de R$ 5,95 para R$ 5,85. Já na integração do estado o quilo vivo continuou em R$ 5,30.

Exportações

     As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 141,732 milhões em setembro (11 dias úteis), com média diária de US$ 12,884 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 57,459 mil toneladas, com média diária de 5,223 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.466,60.

     Em relação a setembro de 2021, houve alta de 11,8% no valor médio diário, ganho de 7,8% na quantidade média diária e avanço de 3,7% no preço médio. Os dados são do Ministério da Economia e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Yasmim Borges (yasmim.borges@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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