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RADAR DO DIA: Ata do Fed nos EUA, inflação e Caged no Brasil

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos abriram e queda e as bolsas europeias em alta. O dia será marcado pela divulgada da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), realizada no início deste mês. Na ocasião, o Fed manteve as taxas de juros do país inalteradas na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano, em decisão unânime. Foi a terceira reunião seguida sem alterações nas
taxas.

Segundo o Fed, a manutenção da taxa reflete o aumento das incertezas quanto às perspectivas econômicas. O Fomc destacou em seu comunicado que busca alcançar seu mandato duplo, que é o emprego máximo e inflação em 2% no longo prazo, mas diz estar atento aos riscos e “avalia que os riscos de desemprego mais alto e inflação mais elevada aumentaram”.

O Comitê afirmou no inicio deste mês que indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continua se expandindo em ritmo sólido. “A taxa de desemprego se estabilizou em um nível baixo nos últimos meses, e as condições do mercado de trabalho permanecem firmes. A inflação segue um pouco elevada”, diz outro trecho do documento.

Investidores também ficam na expectativa para os números do Indice de Preços de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), referente a abril, que será divulgado na sexta-feira (30). Em março, o PCE ficou estável, com alta de menos de 0,1%. O núcleo do PCE desconsidera preços de alimentos e energia do indicador cheio, que também ficou perto da estabilidade em março, na comparação com fevereiro. No primeiro trimestre, o PCE avançou 3,6%, acelerando a alta de 2,4% vista no trimestre anterior. Já o PIB recuou 0,3% no primeiro trimestre.

Ontem, o presidente do Fed Richmond, Thomas Barkin, declarou em entrevista ao programa Open Interest da Bloomberg que os dados econômicos recentes mostram a economia americana seguindo essencialmente a mesma trajetória dos últimos anos. “Embora muitos colegas do banco central antecipem uma possível mudança de rumo, seja para inflação mais alta ou aumento do desemprego, os indicadores atuais ainda não refletem essa transição. Enquanto esse cenário não se materializar, as taxas de juros devem permanecer no patamar atual”, comentou Barkin.

Por aqui, o mercado ainda reage aos dados do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que subiu 0,36% em maio, acima da previsão de 0,44%. O acumulado no ano ficou em 2,80%, enquanto o acumulado em 12 meses foi de 5,40%, desacelerando em relação à alta de 5,53% registrada até abril.. A surpresa foi espalhada em alimentação, bens industriais e, em menor magnitude, em serviços. Por outro lado, houve aceleração de administrados, em resposta ao acionamento da bandeira tarifária amarela neste mês.

Para Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, a divulgação do IPCA-15 reforça a perspectiva de que a inflação ao consumidor não será tão pujante quanto chegou a se cogitar no início do ano. Isso corrobora nossa projeção de um IPCA mais próximo de 5% em 2025 e adiciona elementos favoráveis à interrupção do ciclo de alta da Selic.

Segundo o economista chefe, da G5 Partners, Luis Otávio Leal, pensando na política monetária, o resultado do IPCA-15 coloca mais ‘um prego’ no caixão de uma nova alta de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 18 de junho (18/06). “Após a divulgação do número, a chance de os juros serem mantidos em 14,75% a.a. passou de 70% para 76%, segundo a curva de juros de mercado. Corroborando a nossa expectativa de que a Selic seja mantida neste patamar até, pelo menos, o final de 2025”, concluiu Leal.

Em Brasília, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, participa hoje, às 15h30, da coletiva de imprensa para apresentar os dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) referentes ao mês de abril de 2025. Ao lado da subsecretária de Estudos do Trabalho, Paula Montagner, o ministro vai comentar os números e explicar como se comportou o mercado de trabalho formal no Brasil durante o mês.

Por fim, ontem, o BTG Pactual divulgou relatório em que analisa as novas regras que regem o imposto sobre transações financeiras (IOF) do Brasil, anunciadas pelo ministério da Fazenda na semana passada. Algumas operações de crédito e câmbio que antes eram isentas de impostos, agora terão que pagar IOF. Além disso, a alíquota do IOF para diversas transações foi aumentada. Na avaliação do time de analistas do banco de investimentos, o aumento do custo do crédito num contexto de política monetária já altamente restritiva poderá ter um impacto negativo na atividade econômica.

Na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo decidirá até o final da semana como compensar o valor de cerca de R$ 2 bilhões que deixará de ser arrecadado após a revisão do decreto que altera as alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo o ministro, o governo estudo se aumentará o contingenciamento ou com fará alguma substituição. “O governo quer resolver isso o quanto antes, o fiscal e o monetário, para voltar a patamares adequados, tanto de tributação como de taxa de juros, para que o país continue crescendo”, declarou Haddad.

No setor corporativo, a Azul informou que celebrou Acordos de Apoio à Reestruturação com seus principais stakeholders, incluindo detentores de títulos da companhia, sua maior arrendadora, a AerCap, que representa a maior parte das obrigações da companhia com leasing, e os parceiros estratégicos United Airlines e American Airlines, com o objetivo de implementar um processo de reorganização financeira de forma proativa. Segundo o comunicado, a companhia aérea deu início a um processo voluntário de reestruturação nos Estados Unidos, sob o Chapter 11, que contempla aproximadamente US$ 1,6 bilhão em financiamento durante o processo, eliminação de mais de US$ 2 bilhões em dívidas e previsão de até US$ 950 milhões em novos aportes de capital no momento da
saída do processo.

A Magazine Luiza informou que seu Conselho de Administração aprovou a criação de um novo programa de recompra de ações de sua própria emissão. A aquisição será realizada em Bolsa de Valores, a preço de mercado, cabendo à Diretoria Executiva decidir o momento e a quantidade de ações a serem adquiridas, respeitando os limites previstos na regulamentação aplicável. Poderão ser adquiridas até 10 milhões de ações ordinárias, equivalentes, a 1,35% das ações totais emitidas pela companhia e a 3,17% das ações em circulação da companhia. O prazo máximo
para aquisição é de 18 meses, Encerrando-se em 26 de novembro de 2026.

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, recebeu ontem (27) os deputados Arnaldo Jardim e Alceu Moreira, além de representantes do setor, para tratar das ações de combate às fraudes no setor de biocombustíveis. A reunião contou com a participação do secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, e de representantes da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene Biocombustíveis (UbraBio), Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Associação dos Produtores de
Biocombustíveis do Brasil (APROBIO) e A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

A Brava Energia recebeu do Yellowstone Fundo de Investimento Financeiro em Ações, veículo de investimentos do Grupo Ebrasil Energia, na qualidade de acionista representante de aproximadamente 5,3% do seu capital social, carta contendo solicitação para que o conselho de administração da companhia avalie e posteriormente submeta aos acionistas uma proposta de alteração do estatuto social da companhia em assembleia extraordinária. Na correspondência, o acionista pede a exclusão de artigos que tratam da obrigatoriedade de realização de oferta pública de aquisição de ações (OPA) em caso de aquisição de participação relevante.

O BTG Pactual comprou ativos de Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, avaliados em cerca de R$ 1,5 bilhão. A compra envolve ações da Light e Méliuz, créditos, direitos creditórios e imóveis. A transação foi acompanhada e teve autorização do Banco Central e do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

O conselho de administração da Assaí aprovou, em reunião realizada nesta data, emissão de debêntures simples da companhia, em série única, com prazo de vencimento de quatro anos, de R$ 1,5 bilhão. Os recursos líquidos captados por meio da oferta serão utilizados pela companhia como parte do pagamento do resgate antecipado da totalidade de outra emissão de debêntures, emitidas em novembro de 2021.

O montante total de royalties da produção de março de 2025 dos regimes de concessão, cessão onerosa e partilha destinados aos municípios, estados e União foi de R$ 5,44 bilhões, informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A Bioenergia Brasil, o Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes) e a UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia) divulgaram nota conjunta na qual manifestaram apoio à Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo parecer favorável à constitucionalidade do RenovaBio. As entidades salientaram que o RenovaBio é uma política pública legítima, técnica e essencial para a transição energética brasileira e reafirmaram seu compromisso com o desenvolvimento sustentável, a descarbonização da matriz energética e a consolidação de um mercado de baixo carbono.

A Aena informou que realizou neste mês a maior concorrência de mídia para o setor aeroportuário do Brasil. A oferta atende os 17 aeroportos da concessionária no país, uma rede presente em nove estados, localizados em quatro regiões. O consórcio formado por Neooh e Helloo apresentou o maior lance para os dois lotes ofertados. O valor total das duas propostas ultrapassa R$ 1,5 bilhão. O contrato entra em vigor a partir de 1º de julho, com validade de dez anos.

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu nesta terça-feira (28), durante reunião ordinária, recomendar ao Ministério de Minas e Energia (MME) a prorrogação dos Contratos de Concessão de Distribuição da EDP São Paulo, Equatorial Maranhão, CPFL Piratininga e Neoenergia Pernambuco. De acordo com a agência reguladora, as empresas cumpriram os critérios relativos à eficiência da continuidade do fornecimento e da gestão econômico financeira e comprovaram a regularidade fiscal, trabalhista e setorial e de qualificações jurídica,
econômico-financeira e técnica.

A diretoria da Aneel também aprovou a abertura de consulta pública para discutir a Revisão Tarifária Periódica da Equatorial Maranhão. As novas tarifas propostas são de um aumento de 21,37% para os consumidores residenciais. Para os consumidores cativos, a Aneel propõe elevações médias de 21,61% na baixa tensão, de 23,20% na alta tensão (indústrias), com efeito médio de alta de 21,85%, em média. As novas tarifas entrarão em vigor em 28 de agosto. Interessados poderão enviar contribuições entre 28 de maio e 11 de julho. Haverá ainda uma audiência
pública em 12 de junho, em local que será divulgado posteriormente.

Emerson Lopes / Safras News
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