Porto Alegre, 28 de maio de 2024 – A região de Santa Maria, no centro do Rio Grande do Sul, aproveitou a redução nos volumes de chuva para iniciar a limpeza das áreas alagadas, a contabilização das perdas e esboçar um tímido retorno à reconstrução de lavouras, infraestruturas rurais, instalações produtivas e, em muitos casos, das próprias moradias. Foram duas semanas de intensas e históricas chuvas, que se estenderam do final de abril até meados de maio.
Em entrevista exclusiva à Safras News, o assistente técnico da regional, Luís Fernando Rodrigues, afirmou que “é muito relativa essa organização. Algumas localidades avançam, outras os rios subiram e atrapalham o processo” e acrescentou que “tem sido lenta a retomada. Uma contabilidade está em andamento das perdas”.
Ainda restam aproximadamente 10% das áreas de soja a serem colhidas, mas a qualidade dos grãos dessas lavouras está completamente comprometida. Em algumas áreas, os agricultores decidiram não realizar a colheita devido aos danos. A intenção inicial de plantio para a safra 2023/2024 era de 1,063 milhão de hectares, mas a área final plantada foi ligeiramente menor, totalizando 1,057 milhão de hectares.
Antes das enchentes, a expectativa de produtividade da soja era de 3.269 quilos por hectare. A estimativa atual caiu para abaixo de 2.400 quilos por hectare, com a perda de rendimentos ultrapassando 25%.
“Por enquanto, os agricultores estão recorrendo aos seguros das lavouras perdidas, embora nem todos possuam”, relatou Rodrigues como estratégia de recuperação na região.
No mercado, os preços da soja (saca de 60 quilos) estão variando com um preço médio de R$ 119,17, alcançando um máximo de R$ 121,00 e um mínimo de R$ 118,00.
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Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Safras News
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