O mercado suíno cresce de maneira constante há pelo menos três décadas no Brasil, em termos de volume produzido, com expansão nas tecnologias empregadas ao longo da cadeia produtiva.
A busca por aumento de produtividade vem ocorrendo de maneira natural no país, sendo um caminho sem volta, considerando que a demanda por proteínas de origem animal segue em expansão, tanto no Brasil como no exterior.
O Brasil é atualmente o 4° maior produtor mundial de carne suína, atrás da China, União Europeia e EUA, posição que deve seguir inalterada ao longo da década, dada a dimensão geográfica e a consolidação desses players no mercado global. Apesar da posição de destaque, a carne suína ainda ocupa a terceira colocação na predileção dos brasileiros, atrás da carne bovina e do frango.
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O impacto das exportações na formação de preços
Em anos de grande expansão de produção, essa realidade exige uma ampliação contundente no nível de exportação para ajustar a disponibilidade doméstica. Caso contrário, os preços declinam no interior do país, aumentando o risco de prejuízos ao longo da cadeia. No caso do Brasil, as importações são irrisórias e não impactam o resultado do quadro.
Decisões de produção e seus efeitos
As decisões estruturais dentro da suinocultura têm efeitos no médio e longo prazo, considerando que o ciclo do suíno é relativamente longo, cerca de dois anos. Em momentos prósperos, com rentabilidade positiva, os produtores integrados e independentes avançam os investimentos na cadeia produtiva e os plantéis crescem.
Em momentos adversos, além da saída de suinocultores fragilizados da atividade, o ajuste da produção acontece via redução de matrizes, controle de nascimentos e redução do peso médio dos animais.
Dinâmica de demanda interna
Outro ponto fundamental é o comportamento da demanda. A demanda doméstica costuma ser mais aquecida no segundo semestre, com avanço a partir do inverno e pico nas festividades de fim de ano. Assim, os preços do suíno vivo e dos cortes no atacado tendem a apresentar melhores resultados nesse período.
Já na primeira metade do ano, a demanda sofre com fatores como calor excessivo, endividamento das famílias e sazonalidades típicas. Essa dinâmica não é absoluta, e outros elementos como cenário macroeconômico, renda da população e preços das proteínas concorrentes também influenciam diretamente.
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Oportunidades no Mercado Interno e Externo
A carne suína brasileira é reconhecida por sua alta qualidade e preços atrativos. No mercado interno, tende a ganhar espaço principalmente quando a carne bovina atinge patamares elevados, incentivando a migração do consumo para alternativas mais acessíveis. No mercado externo, o Brasil tem potencial de conquistar espaço frente à União Europeia. A elevação de custos produtivos por conta de exigências ambientais, sanitárias e regulatórias na UE deve impactar a competitividade europeia, abrindo oportunidades para a carne suína brasileira.
Expansão Internacional e Novos Destinos
Os grandes demandantes globais da carne suína são México e os países asiáticos como Japão, China e Coreia do Sul. Em menor escala, alguns países africanos, europeus e do Oriente Médio também consomem, embora restrições culturais limitem a penetração nesses mercados.
O Brasil já vem estreitando relações comerciais com vários destinos na Ásia e registra boas vendas para China, Japão, Cingapura, Hong Kong e Filipinas. Há ainda espaço a ser conquistado em mercados como Coreia do Sul e México, que apresenta alto potencial apesar de estar fora do eixo asiático.
Em muitos desses países, a produção doméstica não é altamente profissionalizada e, por vezes, sofre com problemas sanitários.
Informação como ativo estratégico para o setor
O setor exige atenção constante. A produção doméstica não pode avançar em ritmo superior à capacidade de absorção da demanda, assim como os custos – amplamente impactados por fatores externos – precisam ser monitorados com precisão. Dessa forma, os agentes da cadeia suinícola brasileira precisam estudar os mercados dia a dia, munidos com informações de qualidade.
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