Produção de açúcar cai no Centro-Sul do Brasil com chuvas e puxa cotações internacionais

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   Porto Alegre, 14 de outubro de 2022 – As cotações internacionais do açúcar subiram na segunda semana de outubro.

Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), balizadora do mercado de açúcar bruto, os contratos com entrega em março de 2023 fecharam a sessão da quinta-feira, 13, a 18,81 centavos de dólar por libra-peso, ante 18,46 centavos em 31 de agosto, alta de 1,9%, e tocou numa máxima de quase três meses na quarta-feira, 12, a 18,94 centavos. Na Bolsa de Finanças e Futuros de Londres (ICE Futures Europe), a posição dezembro do açúcar refinado era cotada a US$ 557,20 por tonelada no fechamento em 13 de outubro, alta de 1% ante a cotação de US$ 551,30 do pregão do dia 06.

Os contratos futuros do açúcar foram puxados por uma queda maior do que a esperada na produção da região Centro-Sul do Brasil na última quinzena de setembro. As usinas da região produziram 1,7 milhão de toneladas de açúcar na segunda metade de setembro, 27% menos na comparação com o mesmo período do ano anterior, diante de um clima chuvoso.

No entanto, o clima voltou a ficar mais seco nos últimos dias, permitindo que as usinas retomassem a produção. Ao mesmo tempo, as usinas da Índia devem aproveitar as cotações mais altas para exportar. Esses fatores limitaram os ganhos do mercado futuro no dia.

Line-Up

O total de navios que aguarda para embarcar açúcar nos portos brasileiros estava em 98 na semana encerrada em 12 de outubro, ante 102 na semana anterior (05), de acordo com levantamento realizado pela agência marítima Williams Brasil. Conforme o relatório, foi agendado carregamento de 3,871 milhões de toneladas de açúcar, ante 4,178 milhões na semana anterior.

Pelo Porto de Santos (SP) deve ser carregada a maior parte (2,834 milhões de toneladas). Depois aparecem o porto de Paranaguá, no Paraná (834.885 toneladas), Maceió, nas Alagoas (54.450 toneladas), Recife, em Pernambuco (86,137 mil toneladas), Suape, no mesmo estado (27.365 toneladas), São Sebastião, em São Paulo, com 22 mil toneladas, e Natal, no Rio Grande do Norte (13.000 toneladas). A carga de açúcar a ser exportada consiste da variedade VHP (3.632.708 toneladas), Cristal B150 (55.000 toneladas), Refinado A-45 (93,865 mil toneladas), VHP em sacas (12 mil toneladas), e TBI (78 mil toneladas).

O relatório da agência leva em conta as embarcações já ancoradas, as que estão em largo esperando atracação e ainda as com previsão de chegada até o dia 06 de novembro.

Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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