São Paulo, 25 de setembro de 2025 – O Banco Central (BC) reduziu a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, de 2,1% para 2%, na edição de setembro do Relatório de Política Monetária (RPM). Para 2026, a projeção é de crescimento de 1,5%.
A ligeira redução para 2025 decorre dos efeitos, ainda incertos, do aumento das tarifas de importação pelos Estados Unidos da América (EUA), bem como de sinais de moderação da atividade econômica no terceiro trimestre.
Segundo o relatório, esses fatores foram parcialmente compensados por prognósticos mais favoráveis para a agropecuária e para a indústria extrativa.
Para 2026, projeta-se crescimento de 1,5%, com expectativa de altas moderadas tanto nos componentes da oferta quanto na demanda agregada. A projeção considera a manutenção da política monetária em campo restritivo, o baixo nível de ociosidade dos fatores de produção, a perspectiva de desaceleração da economia global e a ausência do impulso agropecuário observado em 2025.
Inflação
O Banco Central (BC) reduziu a previsão para a inflação em 2025 em 0,1 ponto percentual para 5,3%, na comparação com junho, segundo dados divulgados na edição de setembro do Relatório de Política Monetária (RPM). Para 2026, a previsão foi elevada em 0,2 ponto para 4%. Para 2027, a projeção ficou inalterada em 3,3%.
As metas de inflação são de 3%, com limite mínimo de 1,5% e máximo de 4,5%. No horizonte relevante para a política monetária, primeiro trimestre de 2027, a projeção é uma inflação de 3,4%, estável.
O relatório indica que expectativas de inflação desancoradas por mais tempo, inflação de serviços mais resiliente em função da atividade econômica aquecida e políticas econômicas, externas ou internas, com impacto inflacionário, podem dificultar o controle da inflação.
“Por outro lado, uma redução mais forte do crescimento econômico doméstico, uma incerteza no cenário global que pode desacelerar a atividade econômica e uma redução no preço das commodities poderiam ajudar a reduzir a inflação no Brasil”, completa.
O BC projeta IPCA em setembro em 0,62% e acumulado em 12 meses 5,32%. Para outubro, a indicação é de 0,23% e 4,97%, respectivamente. Para novembro, as previsões sãom de 0,22% e 4,80%. Para dezembro, previsão indo a 0,53% e 4,81%.
Dylan Della Pasqua / Safras News
Copyright 2025 – Grupo CMA

