Porto Alegre, 24 de março de 2022 – O Banco do Japão (BoJ) divulgou a ata sobre a decisão da política monetária, cuja reunião entre os membros foi na semana passada e decidiu manter a taxa de juros a -0,1%.
O BoJ vai continuar na compra de títulos do governo (JGB), com rendimento de 0%, para apoiar o financiamento das empresas na recuperação econômica por conta da pandemia de coronavírus. “Com vista a apoiar o financiamento, principalmente das empresas, e manter a estabilidade dos mercados financeiros, o Banco tinha tomado estas medidas”, diz a ata.
O Banco também avalia como positiva a sua atuação na economia, com o programa especial de financiamento, fornecimento de recursos em ienes e moeda estrangeira, e a compra de títulos do governo.
Na reunião, os membros do BoJ analisaram as decisões dos bancos centrais do mundo, as taxas de inflação, a recuperação econômica e como eles vêm lidando com o aumento de preços e a inflação. “Em relação às perspectivas, a economia provavelmente vai se recuperar à medida que a pressão descendente decorrente do Covid-19 sobre o consumo de serviços e os efeitos das restrições do lado da oferta diminuírem, sendo apoiados por um aumento da demanda, condições financeiras acomodatícias e medidas econômicas do governo”.
O documento cita que houve aumento no nível de emprego, consumo privado, investimentos e lucros das empresas, exportações e importações nos últimos meses. “O BoJ compartilha a opinião de que os mercados financeiros globais sofreram grandes flutuações, principalmente devido a incertezas sobre as consequências da variante Ômicron e seus impactos na economia global e à vigilância contra medidas para reduzir a acomodação monetária por exemplo, nos Estados Unidos”.
Por conta da atual situação econômica no Japão e no mundo, os membros da diretoria do BoJ decidiram que era apropriado manter a taxa de juros como está. “Os membros concordaram que o Banco monitore de perto o impacto do Covid-19 e não hesite em tomar medidas adicionais de flexibilização se necessário”. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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