Preocupação com economia dos EUA e clima favorável pressionam soja em Chicago

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     Porto Alegre, 23 de junho de 2022 – Os contratos futuro da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços em forte baixa, próximo das mínimas do dia e enfileirando a quarta sessão seguida de perdas. Dois fatores seguem pressionando o mercado: o clima favorável ao desenvolvimento das lavouras norte-americanas e os temores em torno de quadro recessivo na economia dos Estados Unidos.

     Os boletins meteorológicos continuam apontando chuvas de bom volumes e temperaturas adequadas para o desenvolvimento das lavouras americanas. Até o momento, não há ameaça ao potencial produtivo e a expectativa é de uma safra cheia.

     O clima de aversão ao risco no mercado financeiro internacional voltou a ser ponto de preocupação. O dia foi de queda generalizada para as commodities, em meio ao quadro recessivo na economia americana e o temor de queda no consumo. A alta do dólar frente a outras moedas também tira competitividade dos produtos de exportação.

     Para amanhã, parte das expectativas dos operadores deve se deslocar para o relatório de exportações semanais. O mercado aposta em número entre 250 mil e 725 mil toneladas.

     Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 28,25 centavos de dólar por bushel ou 1,68% a US$ 16,52 3/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 14,76 1/2 por bushel, com perda de 34,00 centavos ou 2,25%.

     Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com alta de US$ 1,10 ou 0,25% a US$ 415,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho  fecharam a 70,66 centavos de dólar, com baixa de 2,71 centavos ou 3,69%.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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