Porto Alegre, 5 de novembro de 2021 – O mercado brasileiro de suínos apresentou um ambiente de negócios truncado e com registro de queda nos preços ao longo da semana, tanto para os cortes no atacado quanto para o quilo vivo. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, nem mesmo o bom volume exportado, que deve contabilizar entre 97 e 100 mil toneladas em outubro, foi suficiente para evitar um declínio nas cotações.
Maia ressalta que os frigoríficos aguardam um melhor escoamento da carne e buscam preços mais baixos para o quilo vivo no curto prazo. “A expectativa é que a entrada da massa salarial na economia traga algum fôlego ao consumo e favoreça uma melhor reposição entre atacado e varejo. A situação da carne bovina permanece difícil, com exportação para a China paralisada e sem um desfecho aparente, fator que merece atenção”, afirma.
Outra preocupação crescente dos produtores é o fraco preço do suíno, em meio a um custo de produção ainda elevado, mesmo com o movimento de queda do milho ao longo das últimas semanas.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil caiu 1,63% na semana, passando de R$ 5,96 para R$ 5,86. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado retrocedeu 1,44%, de R$ 10,93 para R$ 10,77. A carcaça atingiu um valor médio de R$ 9,16, queda de 2,01% frente ao registrado na semana passada, de R$ 9,35.
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 203,370 milhões em outubro (20 dias úteis), com média diária de US$ 10,168 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 88,723 mil toneladas, com média diária de 4,436 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.292,20.
Em relação a outubro de 2020, houve alta de 9,69% no valor médio diário da exportação, avanço de 14,62% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 4,3% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo caiu de R$ 120,00 para R$ 119,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo permaneceu em R$ 5,65. No interior do estado a cotação baixou de R$ 5,90 para R$ 5,70.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração se manteve em R$ 5,80. No interior catarinense, a cotação baixou de R$ 6,00 para R$ 5,80. No Paraná o quilo vivo mudou de R$ 6,10 para R$ 6,00 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo prosseguiu em R$ 5,65.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande recuou de R$ 5,70 para R$ 5,50, enquanto na integração o preço continuou em R$ 5,60. Em Goiânia, o preço retrocedeu de R$ 6,20 para R$ 6,00. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno caiu de R$ 6,50 para R$ 6,40. No mercado independente mineiro, o preço caiu de R$ 6,60 para R$ 6,50. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis baixou de R$ 5,60 para R$ 5,50. Já na integração do estado o quilo vivo permaneceu em R$ 5,60.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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