Preços do suíno mostram sinais de reação no Brasil

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     Porto Alegre, 16 de dezembro de 2022 – Os preços do suíno, tanto para o quilo vivo quanto para os cortes negociados no atacado, apresentaram reajustes no decorrer dos últimos dias. Os suinocultores estão apontando que a oferta está enxuta, fator que tende a favorecer novos reajustes no curto prazo.

     Segundo o Analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, o avanço da procura dos frigoríficos também é positivo, com estes ajustando estoques para o fechamento do ano, avaliando ainda que o escoamento da carne está melhorando neste momento. O consumo na ponta final tende a ser aquecida na segunda quinzena, favorecido pela entrada da segunda parcela do décimo terceiro na economia e pelas festividades. “Fora a ponta final, o mercado tende a perder um pouco de liquidez, especialmente na última semana útil de 2022”, afirma o analista.

     Para Allan, um ponto a ser acompanhado de perto é o ritmo de exportação brasileira, que pode desacelerar no decorrer das próximas semanas. Os preços da cadeia suinícola da China estão pressionados o que pode levá-los a atuar de maneira tímida nas importações.

     O custo de produção ainda preocupa os suinocultores, principalmente os independentes.

Preços

     Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou a média de preços do quilo do suíno vivo no país avançou 4,05% na semana, passando de R$ 6,33 para R$ 6,59. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado elevou de R$ 10,30 para R$ 10,77, avanço de 4,58%. A carcaça teve uma alta de 6,67%, passando de R$ 10,03 para R$ 10,70.

     A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo avançou de R$ 134,00 para R$ 150,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo estagnou em R$ 5,50. No interior do estado, elevou de R$ 6,50 para R$ 6,90.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração não se alterou, continuando em R$ 5,60. No interior catarinense, a cotação aumentou de R$ 6,40 para R$ 6,80. No Paraná o quilo vivo teve alta de R$ 6,50 para R$ 6,80 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo ficou estável em R$ 5,30.

     No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve elevação de R$ 6,25 para R$ 6,50 e na integração o preço ficou inalterado em R$ 5,50. Em Goiânia, o preço aumentou de R$ 7,10 para R$ 7,40. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno avançou de R$ 7,30 para R$ 7,60. No mercado independente o preço cresceu de R$ 7,50 para R$ 7,80. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis aumentou de R$ 6,25 para R$ 6,60. Já na integração do estado o quilo vivo continuou em R$ 5,50.

Exportações

     As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 69,046 milhões em dezembro (7 dias úteis), com média diária de US$ 9,863 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 26,971 mil toneladas, com média diária de 3,853 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.559,90.

     Em relação a dezembro de 2021, houve alta de 26,8% no valor médio diário, ganho de 10,8% na quantidade média diária e avanço de 14,4% no preço médio. Os dados são do Ministério da Economia e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Yasmim Borges (yasmim.borges@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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