Preços do frango sobem no Brasil e tendência segue positiva

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     Porto Alegre, 9 de julho de 2021 – O mercado do frango vivo do Brasil seguiu com preços firmes na semana. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere alguma alta dos preços no curto prazo.

     “Os custos de nutrição animal permanecem como uma preocupação recorrente em todo o ano”, destacou o analista. Para ele, o mercado atacadista apresentou alguma alta em seus preços no decorrer da semana e as cotações têm espaço para subir, avaliando a entrada dos salários na economia como motivador da reposição entre atacado e varejo.

     “Importante mencionar que a carne de frango ainda conta com a predileção do consumidor médio, algo compreensível na atual situação macroeconômica”, destacou.

     Exportações

     Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 397,4 mil toneladas em junho, volume que supera em 16,2% os embarques efetuados no sexto mês de 2020, quando foram embarcadas 341,9 mil toneladas.

     Em receita, o saldo das vendas internacionais do setor em junho alcançou US$ 650,6 milhões, desempenho 45,7% maior em relação ao realizado no mesmo período de 2020, com US$ 446,5 milhões.

     No total das exportações do semestre, as vendas internacionais de carne de frango chegaram a 2,244 milhões de toneladas, volume 6,53% maior em relação ao fechamento dos seis primeiros meses de 2020, com 2,106 milhões de toneladas.  

     Graças ao bom desempenho das exportações, a receita em dólares alcançou US$ 3,476 bilhões, resultado 10,6% superior ao realizado no primeiro semestre de 2020, com US$ 3,144 bilhões.

     “Houve uma alta generalizada entre os principais importadores da carne de frango do Brasil, o que se refletiu no bom desempenho das exportações de junho. Ao mesmo tempo, também ocorreu uma notável elevação nos preços internacionais, resultado da elevação das exportações para mercados importadores de produtos com maior preço médio, assim como do inevitável repasse de custos gerados pela alta dos custos de produção que hoje impacta a avicultura brasileira”, avalia Ricardo Santin, presidente da ABPA.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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