Porto Alegre, 17 de junho de 2022 – O mercado brasileiro de frango registrou uma semana de cotações acomodadas para o quilo vivo e de preços mais altos para os cortes negociados no atacado e na distribuição. “No mercado de frango vivo, o cenário indica um menor estímulo para a reação nos preços no decorrer da segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo”, destaca o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias.
No mercado atacadista, contudo, o indicativo de demanda aquecida contribuiu para um avanço nas cotações, tanto dos cortes congelados, quanto dos cortes resfriados de frango. “A tendência é de que este movimento de valorização nos preços venha a perder um pouco de força na segunda metade de junho”, sinaliza.
De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango subiram ao longo da semana. O preço do quilo do peito passou de R$ 9,60 para R$ 10,00, o quilo da coxa seguiu em R$ 7,30 e o quilo da asa avançou de R$ 9,80 para R$ 10,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito subiu de R$ 9,80 para R$ 10,20, o quilo da coxa continuou em R$ 7,50 e o quilo da asa mudou de R$ 10,00 para R$ 10,20.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de alta nos preços durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito pulou de R$ 9,70 para R$ 10,10, o quilo da coxa seguiu em R$ 7,40 e o quilo da asa subiu de R$ 9,90 para R$ 10,10. Na distribuição, o preço do quilo do peito aumentou de R$ 9,90 para R$ 10,30, o quilo da coxa se manteve em R$ 7,60 e o quilo da asa avançou de R$ 10,10 para R$ 10,30.
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 349,152 milhões em junho (8 dias úteis), com média diária de US$ 43,644 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 164,568 mil toneladas, com média diária de 20,571 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 2.121,60.
Em relação a junho de 2021, houve alta de 56,5% no valor médio diário, ganho de 19% na quantidade média diária e avanço de 31,5% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 429,6 mil toneladas em maio, volume que supera em 3,7% o total embarcado no mesmo período do ano passado, quando foram registradas 414,3 mil toneladas. Com este desempenho, o setor alcançou receita de US$ 904,6 milhões, número 37,8% superior ao alcançado em maio de 2021, com US$ 656,3 milhões.
No saldo acumulado no ano (janeiro a maio), as exportações de carne de frango alcançaram 1,990 milhão de toneladas, número 7,8% maior do que as 1,846 milhão de toneladas registradas em 2021. No mesmo período, a receita em dólares das vendas internacionais alcançou US$ 3,776 bilhões, número 33,6% maior que o resultado alcançado no ano passado, com US$ 2,826 bilhões.
O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 6,30. Em São Paulo o quilo permaneceu em R$ 6,00.
Na integração catarinense a cotação do frango prosseguiu em R$ 5,00. No oeste do Paraná o preço continuou em R$ 5,60. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo se manteve em R$ 5,80.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 6,25. Em Goiás o quilo vivo permaneceu em R$ 6,25. No Distrito Federal o quilo vivo prosseguiu em R$ 6,30.
Em Pernambuco, o quilo vivo continuou em R$ 6,50. No Ceará a cotação do quilo se manteve em R$ 6,00 e, no Pará, o quilo vivo seguiu em R$ 6,50.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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